Hugo Oliveira, treinador do Famalicão, em conferência de imprensa após o empate com o Arouca 1-1, num encontro a contar para a oitava jornada da Liga.
Análise ao jogo e aos desafios táticos enfrentados
«Acabámos em cima do adversário e à procura do segundo golo, não só nesta parte final, mas também durante a maior parte do jogo, fomos a equipa que esteve mais próxima de fazer golos, a equipa que esteve mais próxima, na minha opinião, de ganhar. A haver alguém que ganhasse este jogo, teria de ser o Famalicão.
É verdade também que no início do jogo não fomos tão fortes quanto normalmente costumámos ser, fruto da forma em que o Arouca começou a construir o seu jogo, baixando em alguns momentos o David Simão para fazer uma construção a três, trocando algumas vezes essa construção, alargando muito esses três jogadores no momento da construção, o que criou alguma dificuldade no nosso momento de pressão... e nós normalmente somos uma equipa de pressão forte no momento inicial, criando constrangimentos ao adversário. E essas dificuldades acho que nos deram algumas dúvidas no primeiro momento do jogo.
Depois de encaixarmos esse momento tático do jogo, e principalmente a partir da segunda parte, o nosso jogo começou a entrar e começámos a criar mais coisas, é verdade, tivemos uma bola no poste, tivemos situações para golo, golos anulados, e acabámos depois por ver o adversário fazer um golo, na minha opinião, num momento em que estávamos melhores no jogo e mais perto de concretizar.»
A reação após o golo sofrido
«Não virámos a cara à luta, tivemos coragem para ir para cima e tivemos discernimento para criar mais situações, um pouco mais emoção do que aquilo que deveria ter sido, mas acho que na parte final, para trazer alguma justiça ao resultado, a bola teria de ter entrado mais uma vez e nós sairmos daqui com uma vitória.
Também para darmos aos nossos adeptos uma alegria. Normalmente é a equipa que puxa por estes adeptos fantásticos para irem connosco. Hoje, a partir do momento em que os nossos adeptos estiveram audíveis, foram eles também que nos empurraram e que nos levaram com coragem para a frente, para cima do adversário, e na fase final também foram eles que acreditaram que nós íamos fazer. Quando eles estão connosco, nós acreditamos também muito. Temos de ter mais destes jogos».
A ausência do Mathias de Amorim e a prestação do substituto Otar Mamageishvili
«O Mathias teve um lance durante a semana em que chocou com a cabeça e, nestes momentos, e em todos os momentos da nossa vida, a precaução com a saúde é muito mais importante do que um jogo de futebol. Foi unânime que o melhor era proteger o jogador e, para isso, era necessário que não jogasse este jogo.
O Otar esteve pela primeira vez dentro das ideias de jogo como titualr, procurou os caminhos, num jogo em que era difícil entrar, mas deu-se à luta, tentou meter normalmente a energia e as corridas que tem no jogo, mas é óbvio que vai crescer passo a passo, jogo a jogo, com a equipa. Estamos mais encaixados obviamente com a construção com o Mathias, mas temos um plantel equilibrado e quem joga é o Fama, não é A, nem B, nem C.»