Pedro Emanuel: «Marítimo concretizou a meia oportunidade que dispôs»

«Queria ressalvar uma questão que não tem nada a haver com a vitória do Marítimo e muito menos a atuação do árbitro, que na minha opinião, em termos técnicos, fez uma arbitragem a roçar a perfeição. Os árbitros também têm um papel importante na promoção do espetáculo e da gestão do próprio espetáculo. Há duas semanas fomos a Paços e provavelmente perdemos o jogo porque sofremos um golo aos 47 minutos, porque o árbitro deu quatro minutos de descontos na primeira parte, porque efetivamente houve paragens no jogo.

Hoje não tivemos paragens na primeira parte e na segunda parte, com as paragens que houveram, mais as substituições, tivemos três minutos de desconto. De fato, não está em causa o aspeto técnico nem a vitória do Marítimo, mas está em causa a promoção do espetáculo. Foi a única coisa que disse ao 4.º árbitro. Temos que promover o espetáculo e para isso também temos que ter coragem em algumas decisões. Se a decisão é que vamos promover o espetáculo e isso dava para dar mais tempo de desconto...

Voltando ao jogo, fico satisfeito com aquilo que foi a postura do Arouca. Sabíamos que ia ser difícil, que o Marítimo ia entrar forte, ia entrar com determinação, ia querer empurrar-nos para trás. Houve um grande ascendente em termos territoriais na primeira parte e chega ao golo, na minha opinião, sem grandes situações para o conseguir, mas o futebol é isto. Houve um ressalto e houve uma finalização do jogador do Marítimo. Tentamos chegar mas grande parte das vezes sem grande critério à baliza do Marítimo.

Na segunda parte veio ao de cima aquilo que foi a determinação para se querer dar a volta ao resultado. E nesse aspeto os jogadores foram inescedíveis, com qualidade, com critério e nunca perdendo o equilíbrio. Tivemos algumas oportunidades, não as concretizamos e por isso mesmo o resultado final é injusto. O Marítimo teve mais uma oportunidade flagrante, concretizou a meia oportunidade que teve na primeira parte e por isso venceu o jogo.»