Figura: Arsénio

O extremo fez uma exibição de encher os olhos nos Arcos. É verdade que Arsénio demorou a aparecer no jogo, assim como toda a equipa do Arouca, mas quando o fez, acabou com as esperanças do Rio Ave. O jogador de 31 anos marcou o 1-0 após uma bela jogada individual e cravou um punhal no coração vilacondense. Arsénio soube sempre segurar a bola quando devia, permitindo à equipa respirar especialmente na segunda parte.A ssim jogou o herói do Arouca. 


Momento: Arsénio afunda o Rio Ave, minuto 32

O Rio Ave tentava recuperar da desvantagem de três golos trazida de Arouca, embora mais com o coração do que com a cabeça. No entanto, os arouquenses marcaram na primeira aproximação à baliza contrária. Arsénio combinou com Pedro Moreira, entrou na área e foi feliz: a bola desviou em Aderllan Santos e traiu Kieszek. Um punhal espetado no coração vila-condense.


Outros destaques:

Júnior Brandão: é errado avaliar o valor de um jogador apenas por um jogo. No entanto, o brasileiro não justificou o investimento feito em janeiro. Júnior Brandão exibiu dificuldades técnicas na receção e pouca capacidade para compreender o que os seus colegas lhe pediam. É indiscutível a vontade que colocou em cada lance, mas isso por si só não é suficiente. Nunca será, aliás. É preciso um pouco mais de qualidade.

Carlos Mané: de longe, o melhor jogador do Rio Ave. O extremo não caiu na tentação de fazer tudo sozinho, bem pelo contrário. Mané tentou combinar com os colegas e foi o único capaz de cruzar com critério, além de ter «inventado» algumas das melhores oportunidades dos vilacondenses no jogo. Não merecia a II Liga.

Victor Braga: intransponível. Assim se pode definir a exibição do guarda-redes do Arouca. Victor Braga mostrou segurança sempre que teve de sair de entre os postes e bons reflexos – a exceção foi um remate de Mané que deixou escapar. Na retina ficou a defesa notável do brasileiro a remate de Dala, já na segunda parte. Em suma, exibiu-se como um guarda-redes de I Liga.

Coentrão: perdeu algumas características que levaram ao Real Madrid e à seleção nacional, é verdade. Porém, o internacional português tem um coração enorme que lhe permite estar aos 33 anos a lutar pela manutenção no clube onde se formou. Começou no corredor direito, andou pelo meio, enfim, esteve um pouco por todo o lado e tentou encontrar os melhores caminhos para a baliza contrária. Esteve perto de ser feliz, mas Quaresma negou-lhe o golo.