Os sócios da Académica aprovaram, por maioria, o relatório e contas da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ) referente à época desportiva 2013/14, que registou um prejuízo de 820 mil euros.

Segundo o documento, o resultado negativo é influenciado pela transição de saldos do clube, sócio único da Académica SDUQ, sociedade gestora do futebol profissional, que obteve um saldo positivo de 342 mil euros.

Em noite que não foi pacífica, o relatório e contas foi aprovado com 53 votos a favor, 36 contra e 13 abstenções, na assembleia geral que decorreu hoje à noite.

O documento aponta ainda para um resultado negativo do período de 2,04 milhões de euros, que, de acordo Salvador Arnaut, se deveu à depreciação dos jogadores, cujos ativos são detidos pela Académica e não pela Académica SDUQ.

Esta situação colocava, a 30 de junho, a SDUQ numa situação de falência técnica, pelo facto de o passivo ultrapassar os ativos.

Para acabar com a situação líquida negativa, o vice-presidente Salvador Arnaut anunciou que a sociedade está a preparar um aumento do capital social de 1,5 milhões de euros, embora não tenha revelado a data.

O candidato a presidente derrotado nas últimas eleições, Nuno Oliveira, acusou a direção de José Eduardo Simões de apresentar «resultados catastróficos, que colocam a SDUQ numa situação de falência técnica».

Os sócios da Académica reprovaram a proposta da direção para que o médico Luís Eugénio Fernandes fosse nomeado Provedor dos Sócios, que necessitava dos votos de dois terços dos presentes.

Irritado com esse facto, e depois de ouvir cânticos de insulto ao treinador Paulo Sérgio, José Eduardo Simões tomou a palavra e pediu mais paciência aos adeptos.