Jaime Marta Soares, presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) do Sporting, remeteu para sexta-feira, pelas 11h00, a receção e avaliação do requerimento de uma Assembleia Geral extraordinária com o objetivo de apreciar o levantamento da suspensão dos membros do anterior Conselho Diretivo.

Um grupo de sócios, encabeçado por Nuno Sousa, pretendia proceder à entrega do requerimento esta quinta-feira às 17:h30, tendo enviado um e-mail às 16h13 a Jaime Marta Soares, aproveitando a sua presença no Estádio José Alvalade, em Lisboa, por causa do final do prazo para a entrega das candidaturas às eleições, que terminou às 18h00.

No entanto, Marta Soares respondeu às 17h01 informando-os de que os receberia somente na sexta-feira, pelas 11h00, em Alvalade. «A entrega do requerimento tem de ser acompanhada pelas assinaturas, as quais têm de ser conferidas. Tem de se entregue ao presidente da MAG e não a um funcionário dos serviços administrativos. Da primeira vez disseram que tinham 777 assinaturas, mas depois verificou-se que só tinham 765. Leva o seu tempo. Ameaçaram logo que iam comparecer acompanhados pela polícia. Não se respeitam formalismos, eles é que mandam, são os donos do clube», desabafou o presidente da MAG.

A petição em apreço terá de ser analisada pelo departamento jurídico e implica uma série de decisões, nomeadamente o da escolha do local que terá de ser suficiente para receber todos os sócios que queiram comparecer e dispor de todas as condições de segurança.

Jaime Marta Soares só vê a Altice Arena, em Lisboa, com condições para a eventual realização da que é agora requerida, mas lembra que o custo do espaço para a Assembleia Geral de 23 de junho, da qual resultou a destituição do anterior Conselho Diretivo, liderado por Bruno de Carvalho, ascendeu a 250 mil euros.

Questionado se tem um prazo para responder à petição, o presidente da MAG negou que assim seja: «Não há prazo. O requerimento tem de ser analisado pelo departamento jurídico. Mas o Sporting já tem uma Assembleia Geral Eleitoral marcada para 8 de setembro».

Marta Soares lamentou o clima de guerrilha permanente e a ausência de referências institucionais, mas quer levar a sua missão até ao fim mantendo a calma, para depois sair de cena com a consciência tranquila por ter respeitado sempre as normas, os estatutos e a lei.

Na comunicação enviado pelo grupo de sócios ao presidente Jaime Marta Soares, assinada por Nuno Sousa e a que a Lusa teve acesso, em causa está um requerimento subscrito por associados com um «número (manifestamente) superior a mil votos».