Declarações de Fábio Pereira, treinador do Vizela, na sala de imprensa do Estádio do FC Vizela, após o empate (2-2) na receção ao AVS, que deixa cair por terra as aspirações de subida vizelenses:
«O futebol é pródigo em resultados que, por vezes, não são os mais justos. Quem está neste fenómeno tem de aceitar os erros. Infelizmente, nos dois jogos, os erros custaram-nos caro. Fomos uma equipa personalizada, a procurar encontrar os espaços certos, conseguimos chegar ao golo e num lance completamente fortuito acabamos por consentir o golo da igualdade. Voltámos a tentar pegar no jogo, só o Vivaldo tem três ou quatro oportunidades, tivemos várias aproximações e o adversário com o tempo a passar, e a fazer o tempo passar, foi enervando. Em duas ou três situações criou perigo e acabou por ficar em vantagem. Fomos à procura de um resultado que não fosse tão penalizador, conseguimos a igualdade e procurámos ganhar, pelo menos, o jogo, mas não fomos eficazes. Penso que é a história do play-off. Fomos uma equipa igual às outras vinte jornadas, em 22 jogos só consentimos uma derrota, que nos penalizou. Temos de ter orgulho nesta caminhada longa, mantivemos a nossa identidade até ao final»
[Sentimento final após a comunhão com os adeptos] «Muito grato pela forma como as pessoas de Vizela me trataram desde o primeiro dia, fui sempre muito acarinhado. Se calhar, em dezembro, quando cá cheguei se dissesse a alguém que íamos estar no play-off, a dezasseis pontos de distância, as pessoas não iam acreditar. A verdade é que acreditámos muito no balneário. Os nossos adeptos foram incríveis, não só hoje, mas em muitos jogos fora. Não foi o final que desejávamos, nem devíamos ter vindo ao play-off, no final do campeonato dois lances não permitiram que fossemos campeões, o penálti do Alverca que não é penálti em lado nenhum, e um lance infeliz com o Viseu tirou-nos a possibilidade de sermos campeões. É trabalhar mais ainda e tentar que esta onda que se criou com os adeptos comece desde início na próxima época e que o Vizela possa regressar mais rapidamente à Liga».
[Próxima época continua?] «Queríamos muito, e trabalhámos muito, a pensar numa possível, apesar de difícil, subida de divisão. Ficámos com o último lugar do pódio e o nosso foco era totalmente nestes dois jogos do play-off. O meu contrato termina a 30 de junho, ainda não se começou a falar de nada da próxima época».
[Sentimento no balneário] «Sentimento agridoce. Têm de estar orgulhosos, a sinergia que tiveram com os adeptos, trabalharam muito, todos, o sentimento é de tristeza porque não conseguimos o objetivo principal, mas também com um sentimento muito grande de orgulho, a equipa que melhor futebol praticou na segunda este ano não subiu à Liga».