No Jamor, houve demasiado Estoril para tão pouco Belenenses.

Em jogo da 14.ª jornada da Liga, os canarinhos foram a casa dos azuis vencer por 1-0, e assim garantir a permanência nos lugares de acesso à Europa pelo menos mais uma jornada.

Cerca de duas semanas após o polémico jogo frente ao Benfica, o Estádio Nacional voltou a receber uma partida dos azuis. Saúda-se o regresso da equipa de Filipe Cândido à competição, apesar de a tarde não ter sido propriamente feliz.

De facto, o relvado do Jamor viu este domingo muito amarelo – ou branco, vá, que o Estoril jogou de branco – para tão pouco azul, certamente ainda fragilizado devido ao surto de covid-19 que afetou o plantel de Cândido nas últimas semanas.

Estoril, uma sensação justificada

O Estoril tem sido a sensação do campeonato neste regresso ao principal escalão do futebol português, e fez por merecer esse estatuto.

Autoritária e personalizada, a formação de Bruno Pinheiro e mandou no jogo praticamente dos 90 minutos – prova disso são as estatísticas do encontro, muito desequilibradas a favor dos canarinhos.

O resultado, pode dizer-se, até peca por escasso, mas para isso muito contribuiu a exibição muito positiva de Luiz Felipe, guarda-redes do Belenenses, e aqui e ali algum desacerto na definição.

Até aos 43 minutos, por exemplo, o guardião brasileiro fez perto de uma mão cheia de defesas para evitar o golo canarinho.

Rui Fonte quebrou a muralha azul

Só que Rui Fonte também já é de outras andanças e, depois de afinar a pontaria com a cabeça em duas tentativas, marcou mesmo, quebrando assim a muralha azul.

Um golo que traduziu uma exibição quase irrepreensível dos homens de Bruno Pinheiro, que foram sempre donos da bola e quase nunca deixou o Belenense sair, nem em contra-ataque e muito menos em ataque organizado.

Ao intervalo, Filipe Cândido quis agitar as águas, e lançou Lukovic e Camacho para jogo. As peças do Belenenses mudaram, mas a toada do jogo nem por isso.

Na baliza do Estoril, Thiago continuou a ser um mero espectador, tirando uma ou outra situação, e nos primeiros 15 minutos da etapa complementar, Luiz Felipe voltou a ser posto à prova mais um par de vezes.

Do outro lado, Rafael Camacho tentou aqui e ali remar contra a maré, mas faltou sempre arte e engenho para assustar os homens de Bruno Pinheiro.

No regresso aos jogos, o Belenenses não foi feliz, perante um Estoril que nunca deu grande margem de manobra para o adversário crescer. Um golo de Rui Fonte vale a recuperação do quinto lugar, por troca com o Vitória de Guimarães.