A Liga de Clubes aceita a decisão judicial que coloca o Gil Vicente no primeiro escalão do futebol profissional, mas, tal como já tinha adiantado em comunicado, não revela ainda como é que o processo vai decorrer. O dirigente vai agora aguardar que a sentença transite em julgado e só depois vai definir quantos e quais os clubes que vão iniciar a temporada 2016/17 no escalão principal.

«Ficou decidido que vamos acatar a decisão judicial e a Liga não vai recorrer dessa decisão Vamos ter que incluir o Gil Vicente na Liga, renegociando, porque é preciso perceber que há outras partes envolvidas neste processo e que a sentença só transita em julgado na data em que diz respeito», destacou o dirigente à margem da cerimónia da tomada de posse da nova direção da Federação Portuguesa de Futebol.

A sentença transita em julgado a 5 de julho, mas até lá as partes interessadas podem recorrer da decisão. «Teremos de aguardar, para perceber como é que todas as partes envolvidas neste processo procedem. O que a Liga decidiu foi o não recurso relativamente ao processo judicial», insistiu o máximo responsável pela Liga.

Fica, assim, por perceber se a próxima edição da Liga vai começar com 18, 19 ou 20 clubes. «Teremos de esperar para ver se há recurso de mais alguma das partes porque só houver recurso o efeito será suspensivo. Todos os cenários são possíveis neste momento. Os cenários só se podem colocar depois do processo chegar ao seu termo. Quando a sentença transitar em julgado, com certeza que teremos capacidade para escolher a melhor decisão que salvaguarde os interesses do futebol profissional», referiu ainda.

Um eventual recurso pode obrigar ao adiamento do início da Liga. «É óbvio que cria condicionamentos. Se houve algo que esta direção fez foi um planeamento atempado para que não acontecessem situações de um passado muito recente. Mas infelizmente temos de viver com esta justiça portuguesa que produz resultados passados dez anos. Esta direção só está aqui há onze meses, mas é nossa obrigação resolver os problemas e vamos fazê-lo de certeza absoluta», destacou ainda Pedro Proença.