Pedro Ribeiro, treinador do Belenenses, analisa a derrota caseira com o Rio Ave (0-2), em jogo da sexta jornada da Liga:

[sobre o impacto do golo sofrido ao minuto 7] «As vitórias têm muito a ver com eficácia. Frente ao Marítimo fomos eficazes nas primeiras oportunidades, neste jogo foi o oposto. O Rio Ave, na primeira vez que chega à nossa baliza, consegue, com mérito, fazer um golo. Naturalmente que tivemos de ir atrás do resultado, e fizemo-lo. A forma como a equipa reagiu ao jogo deixa-me satisfeito, em termos de atitude, de compromisso, de tentarmos cumprir aquilo que estava estrategicamente preparado.»

«Na segunda parte voltámos a entrar bem, mas sofremos um golo na sequência de um lançamento lateral. Reagimos, e acaba por existir um equilíbrio em oportunidades claras, mas o Rio Ave fez dois golos e nós nenhum. A eficácia fez a diferença.»

[sobre a substituição de Kikas mesmo antes do segundo golo, tendo em conta também a desvantagem que já existia no marcador] «Foi coincidência. O golo aconteceu logo após a substituição. O Kikas fez muito bem o seu trabalho. Foi assim na Madeira, e também aqui. Entendi que o jogo precisava de alguém com outras características. O Robinho também tem trabalhado bem, e é um jovem com qualidade. Isto é um grupo de 25 jogadores que todos os dias mostra que quer oportunidades. Foi uma coincidência infeliz.»

[sobre o que é mais urgente melhorar] «Pretendo ganhar jogos. É para isso que trabalhamos todos os dias. Acho que, se eventualmente na primeira ou segunda oportunidade, tivéssemos feito um golo, estaríamos aqui a discutir outras coisas. Há várias coisas a melhorar. Vamos fazê-lo, estamos a trabalhar juntos há quinze dias. Em termos pessoais foram muito positivos. A equipa já consegue fazer coisas que são extremamente proveitosas e importantes para aquilo que queremos. Vamos continuar, jogo a jogo, treino a treino, exercício a exercício.»

[o ataque é um dos aspetos a melhorar?] «Evidente. Qualquer treinador preocupa-se com o ataque e com a eficácia. É verdade que tivemos quatro ou cinco oportunidades, como já fizemos na Madeira. É uma questão natural. A questão da eficácia vai desaparecer com os resultados positivos. É mais uma questão de confiança do que propriamente execução.»