Petit, treinador do Belenenses, analisa a derrota com o Benfica, no Estádio Nacional (0-3):

«A primeira parte foi muito equilibrada. Demos a iniciativa, mas fechámos bem o espaço interior. Depois começámos a acertar melhor, a ter mais bola, a sair mais, a criar situações de perigo. Podíamos ter feito um golo, ainda que o Benfica também tenha criado uma ou outra oportunidade. Na segunda parte sofremos logo o golo, demos espaço na profundidade, algo em que a nossa equipa costuma ser forte. Sofremos dois golos assim. Não é fácil também tentar reagir e sofrer logo um segundo golo. Foi uma segunda parte má da nossa parte. Sabíamos que, se o Benfica não marcasse nos primeiros minutos, isso ia criar alguma instabilidade, mas o Benfica conseguiu esses dois golos e o jogo fica marcado por isso.»

[sobre as mudanças na zona central do meio-campo] «Foi para refrescar. Perdemos muitos duelos na segunda parte. O Benfica chegava rápido ao portador da bola. Estávamos a chegar muito atrasados. Foi para alterar isso que entrou o Taira, mas já estávamos a perder por dois golos.»

[sobre a ausência do central Henrique] «Não estava a cem por cento.»

[sobre a forma como foram sofridos os dois primeiros golos, com ataques rápidos do Benfica] «O Benfica é uma equipa muito forte nas transições. Rapidamente chega ao ataque, com processos bem definidos. Perdemos uma bola à frente da área do Benfica, e o Benfica marca o primeiro golo assim. Na segunda parte não fomos tão compactos, tanto a controlar a profundidade como o espaço entre linhas, e quando assim é equipas como o Benfica criam oportunidades, pois têm qualidade. O Benfica conseguiu encontrar espaços que não encontrou na primeira parte. Estávamos a ver que o Waldschmidt estava a entrar muito bem na profundidade, e o Seferovic também nas costas do Gonçalo e do Tomás. Há que levantar a cabeça. Há muitos jogos em disputa, vai ser uma luta até ao fim.»

«Fizemos mais remates e tivemos mais situações na primeira parte. Não somos equipa de sofrer três golos. É difícil criar situações contra nós, mas esse jogo fica marcado por aqueles dois golos em dois ou três minutos. Temos de analisar e corrigir. Temos de nos levantar e estar aqui amanhã às 11 horas, pois temos mais uma batalha em Faro.»