Momento: penálti a fechar o primeiro tempo

Um lance caricato permitiu ao Paços de Ferreira adiantar-se no marcador quando o Belenenses até parecia estar a crescer no jogo. Foi já em tempo de compensação, na sequência de um pontapé de canto largo de Antunes da esquerda para o segundo poste. Chima Aka, a acompanhar a transição da bola, acabou por pisar Luiz Carlos de forma inadvertida. Inicialmente o lance até passou despercebido, mas, alertado pelo VAR, Artur Soares Dias acabou por rever as imagens e apontar para a marca de penálti. Luiz Carlos lançava, logo a seguir, os castores para a vitória.

Figura: Luiz Carlos em todo o lado

Peça fulcral neste Paços de César Peixoto a gerir o ritmo da equipa, a abrir espaços nas alas, a liderar a construção do ataque, mas também a organizar a equipa em termos defensivos. Esteve, portanto, muito em jogo. Apareceu na área do Belenenses, arrancou a grande penalidade e até a converteu. Depois esteve imperial na evidente supremacia do Paços no meio-campo e, sempre que foi preciso, até recuou para a sua área para defender.

Outros destaques:

Antunes

Antunes sempre foi um lateral com propensão ofensiva, mas esta noite esteve especialmente inclinado para jogar mais tempo ao ataque do que propriamente a fechar o seu corredor. Logo nos primeiros dez minutos fez duas faltas ofensivas na área do Belenenses. Depois não se cansou de descer pelo corredor, oferecendo metros e profundidade à sua equipa pela esquerda. Além disso também esteve em praticamente todos os pontapés de canto da equipa de César Peixoto.

Marco Baixinho

Um pilar na defesa do Paços. Viu um amarelo cedo e esteve em risco de ser expulso com uma segunda falta, mas a verdade é que o capitão dos castores, que esta noite jogou com as cores da Ucrânia na braçadeira, dá muita segurança à defesa da equipa de amarelo.

Nico Gaitán

Estreia discreta do argentino no regresso à Liga. Entrou pouco depois do Paços marcar o segundo golo, numa altura em que a equipa passava para modo de gestão. Jogou até na zona central, entre Lucas Silva e Zé Uilton no ataque reconstruído por César Peixoto depois do reforço no marcador.

Pedro Nuno

O mais irreverente dos azuis, procurando sempre conquistar espaço, ora pelos corredores, ora pela zona central. Faltou-lhe mais apoio para poder ir mais longe.

Luiz Felipe

Vale a presença nestes destaques pela defesa do outro mundo que fez ainda na primeira parte a uma bomba de Nuno Santos.