Declarações de Abel Ferreira, treinador do Sp. Braga, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, depois da derrota (1-3) na receção ao Benfica:

«Até ao primeiro golo do Benfica vimos uma equipa com uma matriz muito forte, a nossa, e outra a apostar na transição, que era o Benfica. O primeiro golo, infelizmente, é um erro nosso, um lançamento a nosso favor, normalmente o que fazemos é circular por trás ou no corredor. A verdade é que mesmo na primeira parte tivemos a situação do Ricardo Esgaio, em que o Ricardo Horta quase marca. Questionei os jogadores ao intervalo pela estratégia do jogo. O Benfica estava a fazer pressão constante, tinha a linha defensiva no meio campo. Teríamos que fazer diagonais mais vezes, mas o Benfica estava a encurtar tanto a linha. A partir dos sessenta minutos começaram a quebrar e estivemos melhor, conseguimos criar mais oportunidades».

«Os dados estatísticos são equilibrados e o que define o jogo é o passe, a qualidade do passe. Sobretudo são os erros não forçados que temos de melhorar. Continuo a confiar plenamente nos meus jogadores, dá gosto ver esta equipa jogar, temos de crescer com as vitórias, com as derrotas e proporcionar bons espetáculos. Do outro lado estava o campeão em título, está apenas focado no campeonato, penso que o pormenor do passe fez a diferença para o resultado final. Hoje o que fez a diferença foi a quantidade de vezes que saímos para o ataque e perdemos a bola com erros não forçados. Mas foram estes jogadores que nos trouxeram até aqui, é neles que continuo a acreditar e é com eles que vamos chegar aos nossos objetivos».

[Saída do Paulinho] «O Paulinho não tinha feito noventa minutos em nenhum jogo. Sabíamos que o Paulinho não ia aguentar, veio de lesão. Tenho de olhar como foi o primeiro golo do Benfica, o que aconteceu. Foram três transições que o nosso adversário fez. Três. Seria, à priori, a equipa grande que tinha de nos encostar, mas não foi isso que aconteceu, fomos nós com a nossa matriz que obrigamos a sair em transição. Depois, tem um jogador, aquele número dez do Benfica que faz alguma diferença, não é muita, mas se forem contabilizar ajuda um bocadinho».