A FIGURA: Rafa

Rafa esteve nos principais lances de perigo do Benfica ao longo do encontro, embora tenha desperdiçado grandes duas oportunidades de cabeça, um dos seus pontos mais fracos. Atirou à figura de Diogo Costa, com espaço na área, e à trave após remate de Aursnes ao poste. Porém, a sua velocidade foi um problema constantes para a defensiva azul e branca e viria a ser decisiva no clássico, lançando a resposta encarnada após uma ofensiva de Pepê. Tabelou com David Neres e resolveu o clássico com toda a tranquilidade do mundo.

DESTAQUES DO FC PORTO

O MOMENTO: Rafa resolve com o pé direito, 74m

O Benfica voltou para a segunda parte com pendor ofensivo para chegar à vantagem. Porém, ela surgiu num lance de contra-ataque, quando o FC Porto acreditou em algo mais e Pepê foi à área contrária tentar provocar um desequilíbrio. Os encarnados partiram rapidamente para a resposta, Rafa recebeu no centro, abriu na esquerda em David Neres, recebeu de volta, rodou e atirou a contar, decidindo o clássico.

FICHA DE JOGO

OUTROS DESTAQUES:

Vlachodimos: defesa assombrosa ainda na primeira parte, após cabeceamento de Taremi que levava selo de golo, quando as duas equipas estavam em igualdade numérica. Logo aí, deu uma resposta tremenda aos seus detratores. De resto, demonstrou uma segurança a toda a prova e ainda resolveu um problema criado por Gilberto, afastando uma bola prensada entre o lateral e Taremi, já na etapa complementar.

Fredrik Aursnes: não por acaso foi o único jogador com cartão amarelo que Roger Schmidt manteve em campo para a segunda parte. O reforço norueguês apresenta um sentido tático e uma clarividência de processos acima da média, sendo um elemento de extrema utilidade para o treinador. Começou na esquerda, derivando para o centro, atraindo Pepê e abrindo caminho para as subidas de Grimaldo. Após o intervalo, regressou ao seu habitat natural, no corridor central, e manteve o nível alto.

Grimaldo: beneficiou da ausência de um extremo puro no lado do FC Porto e da derivação de Aursnes para o centro para ter o corredor livre e provocar vários desequilíbrios, sendo o principal municiador de jogo encarnado na etapa inicial. Exibição de grande qualidade do lateral espanhol no Estádio do Dragão.

Florentino: compensou a noite menos inspirada de Enzo Fernández com a clarividência que lhe é reconhecida à frente da defesa encarnada. Escapou à vertigem dos cartões amarelos no clássico e foi sempre um foco de tranquilidade para a equipa, assinando um desempenho imaculado.

David Neres: merece a referência pela criatividade que emprestou à formação encarnada na etapa complementar do encontro, sobretudo após o golo de Rafa, a que fica ligado por ter feito a assistência para o português. Quando o FC Porto tentava responder, David Neres foi essencial para esticar o jogo e quase provocou um autogolo de David Carmo ao cair do pano.