Uma das ideias fortes passadas por Bruno Lage durante os festejos pela conquista do campeonato foi a necessidade de se respeitar os adversários e não ter medo de dizer os seus nomes, e elogiar, quando há que elogiar.

E se assim o defendia na teoria, isso mesmo colocou em prática na manhã desta quinta-feira, no Centro de Treinos do Benfica no Seixal, onde se sentou a conversar com os jornalistas de forma a encerrar a época antes de ir de férias.

E por isso mesmo, poucos terão estranhado que, convidado a eleger o jogador que mais lhe tinha agradado fora do Benfica, Lage tenha apontado para um atleta do rival que lutou com as águias até ao último segundo pela conquista do campeonato: o FC Porto.

«Eu gosto muito de médios. E tenho de falar do Herrera. Ele faz tudo: constrói, defende, cria, faz golos, corre durante 90 minutos. Foi o jogador que mais me impressionou. Dá uma dimensão ao FC Porto muito interessante», começou por dizer, elogiando também aquilo que lhe parece ser o mexicano no balneário.

«Eu não o conheço, mas parece-me grande líder. Dentro do campo, dá uma enorme dimensão ao jogo do FC Porto. Quando os defrontámos, no Dragão, eu disse que a minha preocupação foi essa: onde ia jogar o Herrera? E penso que uma das vantagens que tivemos nessa partida foi conseguir tirá-lo do jogo», apontou ainda.

Bruno Lage foi também questionado sobre qual o treinador que melhor conseguiu condicionar o jogo do Benfica de Lage e depois de hesitar bastante, enumerou alguns dos adversários a quem reconheceu muito mérito.

«Este jogo com o Santa Clara foi muito interessante de preparar pela forma de jogar da equipa. O jogo com o Moreirense também foi, pela forma como eles nos tentaram condicionar os médios. Os jogos com o FC Porto foram grandes duelos táticos; com o Sporting também, pela mudança de sistemas que o treinador proporciona. O jogo em Guimarães, sobretudo o do campeonato, também foi difícil porque ainda não estávamos tão sólidos; e com o Sp. Braga, porque o Abel fez trabalho fantástico que colocou aquela equipa a lutar pelo título; e o jogo com o Tondela, por vários aspetos, mas sobretudo pela forma como nos pressionaram e não deixaram jogar aquilo que jogamos», disse.

[artigo atualizado]