Rui Vitória falou sobre a formação de um plantel e comparou isso a um baralho de cartas.

«Um plantel é como um baralho de cartas. Tenho os reis e as damas que são os jogadores mais experientes, depois tenho os ases que são aqueles que resolvem os jogos, que quando é preciso assumem e resolvem. Há ainda os oitos e os setes que fazem parte da base e os duques e ternos que quando é preciso os lanço e fazem grupo», disse, nunca falando em nome de jogadores.

Depois, o treinador falou sobre a dinâmica da equipa e da importância do meio-campo: «O Fejsa tem uma perspicácia, que vejo poucos a ter. O Pizzi e o Renato têm que agradecer ter a cobertura de Fejsa atrás.»

Sobre o internacional português, Vitória salientou o porquê de ter andado tantas jornadas sem «limpar» os amarelos.

«Não tinha Jonas à frente, não tinha Fejsa atrás, ali em janeiro. Vou tirar o Pizzi? Uma coisa era ter os dois e não ter o Pizzi, outra era não os ter. É importante a espinha dorsal ter estabilidade. Tivemos que fazer essas articulações. É importante, vejo a equipa com micro-estruturas. Vejam, por exemplo, o Grimaldo e o Cervi, falam os dois espanhol e ligam muito bem. Igual o Salvio e o Nélson Semedo.»

Depois de Pizzi falou-se do «apagão» de André Horta: «Teve dois problemas. O primeiro foi a lesão em Nápoles quando estava bem e depois a vinda do Pizzi para dentro, que depois quando ele voltou estava bem.»

Numa discussão na SIC sobre os plantéis nestes dois anos e sobre mudanças que possa fazer no futuro, Rui Vitória explicou que tudo depende dos jogadores que tiver: «Vejam os laterais, este ano foram diferentes e estavam lá os mesmos quatro. São coisas diferentes, tínhamos laterais que eram extremos que jogavam 5 ou 6 metros atrás. Dinâmicas diferentes, foi trabalhado. Não posso pedir ao Eliseu o que peço ao Grimaldo, nem ao Grimaldo para ter a capacidade física do Eliseu.»

A época de Luisão também veio à baila e Rui Vitória revelou como o trata: «O Luisão é um jogador como os outros. A melhor forma de o respeitar é não o ter em conta como histórico. Não vamos em chavões, o Luisão se calhar pensa mais rápido que os outros, quando os outros vão ele já se pensou.»