No final do Clássico em que o Benfica venceu o FC Porto, na sala de imprensa, Rui Vitória fez uma análise individual mais detalhada do que é habitual sobre vários dos seus jogadores. Falou de rúben Dias, explicou a aposta em Gabriel e ainda deixou elogios a Rúben Dias e à formação das águias. Quem também mereceu palavras elogiosas foi, claro, Seferovic, o avançado que marcou o golo da vitória dos encarnados.

«Todos mereceram esta vitória, mesmo os que não estiveram no jogo. Evidentemente que o Seferovic é o reflexo do espírito da nossa equipa: não viramos a cara às dificuldades. Ele não estava a jogar, mas não se resignou, foi à luta e tem conquistado o seu espaço. Isto tem a ver com filosofia de vida quer é transmitida todos os dias. A nossa equipa é o reflexo disso. Tivemos uma entrada muito difícil, era preciso apurarmo-nos para a Champions, e conseguimos; não ganhávamos há oito jogos na Champions, check; Não ganhávamos ao FC Porto, ganhámos, check.»

[sobre as três expulsões de centrais em jogos consecutivos]

«Foi uma coincidência. Mais uma dificuldade que nos colocou à prova. Hoje jogámos com um central que tem jogado pouco, mudou de um país para o outro, e logo no primeiro jogo tem um estádio com 65 mil pessoas, por isso deixo uma palavra de apreço para ele. Foi mais um desafio que tivemos pela frente e tivemos de arranjar soluções. Esta situação é raríssima nas minhas equipas. Não vai acontecer muito mais. Acho que já esgotámos as expulsões.»

[O que pretendeu ao lançar Gabriel de início e Rafa na segunda parte?]

«O jogo, como prevíamos, foi mais para os duelos e bolas divididas. E tínhamos de ter mais peso. O Gabriel tem isso: é mais forte nos duelos, dá mais corpo e robustez ao meio campo e mantem os níveis de qualidade técnica que nos permite o lançamento de ataque. Quando lançámos o Rafa foi para fazer um aproveitamento do desgaste do Maxi, pelo muito trabalho que o Cervi tinha feito. O Rafa é muito vertical e surtiu muito bem efeito.»

 [sobre a boa exibição de Rúben Dias depois da expulsão em Atenas]

«O Rúben e os jogadores da formação do Benfica merecem um elogio. O Rúben teve uma ação no jogo anterior que condicionou o desempenho de toda a equipa, mas percebeu que não era tempo para ficar a pensar nisso. E se há 15 dias ele era um jogador da formação para se apostar, não era para o deixar de ser 15 dias depois. E ele entende isso. O que só se consegue com níveis de concentração muito grande. Ele percebeu que tinha de se focar no jogo seguinte e tem muito mérito por isso, tal como quem o trabalhou na formação. Meteu uma ação menos boa numa caixa e fez o jogo que fez.»