«Investigue-se». Rui Vitória utilizou esta expressão quando foi confrontado com as suspeitas em redor da 2ª parte do Estoril-FC Porto, no passado sábado, e agora, perante o caso «e-toupeira», foi questionado se a perspetiva era idêntica.
«Penso que o Benfica já fez um comunicado, e o que diz a direção e administração está respondido da minha parte. Mas em relação ao "investigue-se", e em questões relacionadas com o jogo e a competição si, a melhor coisa que pode haver para os intervenientes é esclarecimento de tudo. Para o bem de todos. Quando refiro a questão do "investigue-se" é por ser bom que tudo seja esclarecido, para todos os interessados», respondeu o técnico, na antevisão do jogo com o Desportivo das Aves.
Questionado se a detenção de Paulo Gonçalves, assessor jurídico do Benfica, afetava a equipa, Rui Vitória afirmou que «o futebol português está em perfeita ebulição». «Se temos alguma vantagem é a preparação, pois temos vivido com algumas dificuldades dessa natureza, e não só este ano. Os meus jogadores estão preparados, mas temos a capacidade de distinguir a função em campo da vida particular. Há algo que nos favorece e muito, que é a nossa caixa-forte do Seixal. Estamos focados naquilo que temos de fazer para o jogo, no que temos de corrigir para ganhar. Estamos perfeitamente preparados para o jogo deste sábado. Estamos vacinados para todo o envolvimento do futebol português, e se há equipa que tem dado resposta somos nós», garantiu.
Rui Vitória afiançou ainda que «foi uma semana perfeitamente normal» no Seixal. «Entramos naquele portão da caixa forte e dali para dentro está a nossa vida. Não houve preocupação excessiva...nada. Fizemos o nosso trabalhinho em condições normais, como já fizemos noutras semanas», reforçou.
Questionado se estes casos recentes beliscavam as conquistas do Benfica, Rui Vitória defendeu o mérito do seu grupo de trabalho.
«Quando se ganham títulos da forma que nós ganhámos, é o trabalho de muita gente, feito com muito mérito. Ninguém ganha campeonatos, títulos, provas, e bate recordes, se não houver sacrifício e trabalho de muita gente. Pelo menos na parte que diz respeito a mim e aos jogadores, houve muito mérito, muito sofrimento, muita qualidade, muito trabalho, muita união...e isso é o maior trunfo que temos», garantiu o técnico encarnado.
