Em entrevista à SIC, Rui Vitória falou sobre os momentos fulcrais do tetracampeonato do Benfica e elegeu o jogo de Alvalade como um dos mais importantes.

«O jogo com o V. Guimarães foi à campeão, em Alvalade foi importante. O FC Porto estava à espera que perdessemos em Alvalade e o Sporting queria ganhar e nós assumimos desde logo que chegamos em primeiro e queríamos sair em primeiro. Ao longo da época há sempre momentos chave, esse foi um, o jogo nas Antas foi outro e houve um conjunto de vitórias que foram importantes.»

O treinador dos encarnados comparou a época a «combate de boxe» para explicar que os momentos menos bons são normais: «Ninguém ganha um combate de boxe com 12 assaltos a bater no adversário. Há momentos e depois há um vencedor final.» 

O facto de Rui Vitória conseguir manter todo um plantel unido tem sido uma característica muito elogiada, mas o treinador adverte: «Não ganhamos títulos a dar as mãos e a acreditar. Sabemos que os laços em determinados momentos são importantes, acrescentam qualquer coisa, mas é a qualidade do trabalho. Os grupos constroem-se, crescem, desenvolvem-se e depois há qualidade coletiva e individual que leva ao sucesso.»

«Não tenho dúvidas que fomos a melhor equipa. Com mais vitórias, mais jornadas na frente, mais golos marcados, menos sofridos, com mais dificuldades, que jogou em variadíssimos contextos competitivos. Somando tudo, os meus jogadores foram fantásticos, os 32 jogadores campeões revelam as dificuldades, não tenho dúvidas que fomos a melhor equipa», concluiu.

O último troféu conquistado esta temporada foi a Taça de Portugal. Confrontado com uma foto de todo o plantel com as três taças ganhas em 2016/17 no Jamor, Rui Vitória explicou o porquê de as ter levado.

«Tivemos a preocupação de levar as duas taças para dentro do balneário e a preocupação de deixar o espaço para a Taça de Portugal. Tínhamos conquistado algo inédito há 15 dias e era fundamental alertar para o objetivo. Esta foto mostra a união, mas a união não resolveu o sucesso, foi apenas uma das armas. É o culminar de uma época, os sorrisos de todos, é o que um treinador gosta de ver.»

E concluiu: «Criamos o desafio grande, de ficar na história ao conquistar o triplete que faltava há muitos anos. Já estive do outro lado, sei o que é jogar uma final. Deste era mais uma que o Benfica participava.»