Trabalho de casa feito. Foi assim que se apresentou Rui Vitória na antevisão ao jogo com o FC Porto, neste domingo, em partida da 7.ª jornada da Liga.

O treinador das águias revelou que a preparação de cada confronto passa também por estudar os comportamentos dos treinadores oponentes, de forma a tentar antecipar as reações que poderá ter de lidar em diferentes momentos do jogo.

«Uma das coisas que fazemos enquanto treinadores é analisar o adversário e um dos aspetos é a forma de pensar dos treinadores, o tal cérebro do adversário. Porque cada treinador tem a sua forma de atuar em relação a determinados contextos e momentos do jogo. Faço eu e fazem os outros em relação a mim. Eu sei muito bem - ou tento saber - como é que cada um  dos treinadores reage em determinadas situações, que substituições faz, como se processa a cabeça que está do outro lado», apontou.

E nesse sentido, Vitória foi questionado sobre como acha que o FC Porto vai tentar provocar dano à sua equipa, o que faz prever que foram essas as situações mais trabalhadas na preparação do Clássico.

«Espero uma equipa que vai à procura de de nos criar problemas na profundidade, nas costas da nossa defesa, com o Marega à direita e o Soares na frente. É uma equipa que tem uma construção mais elaborada do que em outros anos anteriores, também muito com a intervenção do Casillas na construção.Tem o Brahimi a procurar zonas interiores com a bola controlada, para estar de frente para a baliza, para ir para o golo ou procurar situações de último passe», sublinhou.

Já em termos defensivos da equipa de Sérgio Conceição, o treinador dos encarnados vê também diferenças relativamente ao primeiro ano de Sérgio Conceição à frente dos dragões.

«O adversário está com uma defesa a jogar ligeiramente mais subida do que fez no ano anterior, mais determinada e convicta. E temos de ter a astúcia para perceber como vamos aproveitar o espaço deixado», disse, não querendo abordar quais as estratégias que pode utilizar para explorar esses pontos.