Declarações do treinador do Vitória de Guimarães, Bino, na sala de imprensa do Estádio da Madeira, após a derrota por 1-0 ante o Nacional, em jogo da 29.ª jornada da I Liga:

«Faltou-nos ser eficazes. Não entrámos bem. Permitimos um golo ao Nacional, e a partir daí, as coisas tornam-se sempre mais difíceis. Tivemos de ir atrás do resultado e acho que demos uma boa resposta na primeira parte. Tivemos duas bolas no poste, algumas situações em que poderíamos ter chegado ao empate. Mas as coisas não aconteceram, e na segunda parte já houve mais alguma precipitação da equipa. Quando se está em desvantagem temos de acelerar processos e os jogadores não conseguiram interpretar bem. Quisemos fazer as coisas rápido, mas não o fizemos como pretendíamos. Apostámos tudo, chegámos a jogar com dois pontas de lança, mas não conseguimos encontrar homem livre para poder cruzar.»

[O que falta à equipa para ser mais regular?]: «Acho que nos falta mais frieza. Na primeira parte houve boa circulação de bola, tivemos alguma paciência, tivemos as nossas oportunidades e acho que a primeira parte teve muito mais Vitória do que Nacional. Na segunda parte, o Nacional a defender-se bem, a procurar nas transições e nós sem esse discernimento. Tenho tentado passar aos jogadores a mensagem de que estar a lutar por objetivo europeu não pode levar a equipa a ficar nervosa ou ansiosa. É algo que nos deve motivar para termos os resultados que pretendemos. Mas a equipa não consegue dar essa resposta, principalmente quando está em desvantagem e temos de inverter essa situação. Continua tudo em aberto nas possibilidades de atingirmos uma competição europeia e é disso que vamos atrás. Foi uma segunda parte mal conseguida, mas não há tempo para lamentar o que se passou. É tentar reagir e dar uma resposta condizente.»

[Qual a razão para a má entrada?]: «Se eu soubesse, as coisas não tinham acontecido dessa forma. Às vezes é questão de não conseguirmos entrar focados e uma distração pode levar a um golo do adversário. Parece-me um golo feliz, com um remate que ainda acaba por prensar no nosso defesa e trair o Varela. Colocando-se em vantagem, o Nacional conseguiu aquilo que queria, que era procurar a transição. Foi uma boa resposta da minha equipa, com duas bolas nos postes, mas não fomos eficazes nesse período. A eficácia que o Nacional revelou nesse primeiro momento nós não a tivemos. A equipa ainda está a viver um período de alguma intranquilidade. Procuramos que isso não aconteça, mas nem sempre é possível.»