Figura: Yusupha

O avançado merece todo o destaque pelo golo ao cair do pano e pelo significado que este teve. O jogador da Gâmbia fugiu várias vezes aos centrais adversários e associou-se bem com os seus colegas, ajudando na ligação ofensiva do Boavista. Yusupha foi servido em melhores condições na segunda parte e mostrou por que razão é o goleador-mor dos axadrezados. Apesar do falhanço incrível aos 83 minutos, o goleador redimiu-se pouco depois e chegou ao 14.º golo da temporada.


Momento do jogo: Sp. Braga fica a dois minutos de garantir a Champions, 90+4

Em desvantagem desde a hora de jogo, o Boavista teve forças para procurar o empate nos minutos finais. Já depois de Yusupha ter desperdiçado uma ocasião soberana, pouco acreditaram que os axadrezados ainda fossem capazes de empatar. Mas conseguiram num belo golpe do avançado da Gâmbia. Balde de água gelada para os bracarenses. 


Outros destaques:


Cannon: o internacional norte-americano estava a fazer uma boa exibição numa posição que não é a sua. Rápido, o defesa foi uma ajuda importante nas dobras aos colegas e foi capaz de anular várias jogadas de ataque dos minhotos. Acaba por ser destaque pelos piores motivos: infeliz, Cannon marcou o autogolo que adiantou o Sp. Braga.

Víctor Gómez: praticamente intransponível a defender e uma ajuda muito grande no ataque. Fez, no fundo, uma exibição muito completa. O espanhol destacou-se com um corte precioso a evitar a finalização de Yusupha logo a abrir e não deu hipóteses no duelo individual com Ricardo Mangas.

Bracali: entre homenagens e cânticos, o brasileiro fez uma exibição como tantas outras na longínqua carreira. Aos 42 anos, o guarda-redes e capitão do Boavista voltou a demonstrar uma segurança incomum e uma competência tremenda entre os postes. Bracali teria nível mais do que suficiente para continuar a jogar. Teve a homenagem merecida por parte da Liga, do clube que representa e dos seus adeptos no último jogo da carreira no Bessa. Bracali é um profissional de mão cheia (só assim poderia jogar ao mais alto nível aos 42 anos) e que merecia sair como saiu: a jogar.

Álvaro Djaló: o trunfo de Artur Jorge. O jovem espanhol entrou aos 56 minutos, juntamente com Serdar e Racic e teve impacto imediato na partida. Djaló mostrou logo ao que vinha e na primeira ação na partida obrigou Bracali à defesa mais apertada do jogo. O extremo usou e abusou da velocidade e numa dessas ocasiões, não deixou a bola sair, arrancou em velocidade e viu Cannon desviar para a própria baliza o que seria uma assistência para Abel Ruiz. Ainda ficou perto do golo num golpe de cabeça – não seria injusto pelo que fez em pouco mais de meia hora.