O treinador João Pedro Sousa enalteceu a superação dos jogadores do Boavista face ao impedimento de inscrição de reforços.

«Não posso dizer que não é um contexto difícil. No entanto, as respostas dadas diariamente têm sido muito positivas. Os jogadores mostram uma compreensão enorme com a situação que estamos a ultrapassar. Estamos também conscientes de que isto vai ser resolvido rapidamente», desejou o técnico, em conferência de imprensa na véspera de defrontar o Gil Vicente, na conclusão da ronda inaugural da edição 2021/22 da I Liga

O Boavista anunciou no defeso as contratações de Alireza Beiranvand, Rodrigo Abascal, Filipe Ferreira, Gaius Makouta e Kenji Gorré, cujas inscrições ainda não foram validadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), tal como as de Nathan e Chidozie, que estavam cedidos em 2020/21 e assinaram novos contratos no início de 2021/22.

«Resta-nos ser o mais honestos possível connosco e trabalhar com empenho máximo, de forma a apresentar uma boa equipa e um bom jogo para tentar ganhar os desafios. Agora, não vamos utilizar estas desculpas para justificar o que quer que seja. São estas as armas que temos e é com elas que vamos competir», reiterou João Pedro Sousa.

Em função de um processo interposto na FIFA, atendendo a dívidas pendentes pelo avançado Alberth Elis, que alinhou nos norte-americanos do Houston Dynamo antes de rumar a Portugal, o síte oficial da Liga continua a apresentar uma lista com apenas 21 jogadores do Boavista inscritos, incluindo Ricardo Mangas e Paulinho, já vendidos.

«Hoje temos 16 atletas. No entanto, o Reggie Cannon está neste momento a viajar para Portugal e esperamos que chegue ao fim da tarde ou ao início da noite. Se não houver imprevistos, vamos estar com 17», enquadrou, numa altura que a SAD axadrezada assegura que a dívida está regularizada e os reforços só aguardam pelo aval da FIFA.

As condicionantes não impedem João Pedro Sousa de ir precavendo alternativas ao esquema com três centrais visível nos triunfos sobre Marítimo (1-0) e Portimonense (2-0) para a Taça da Liga, que vieram conferir mais alento que euforia ao espírito do plantel.

«O trabalho que fomos fazendo durante estas semanas foi assimilado e conseguimos reproduzi-lo no jogo e na competição. Por vezes, isso é complicado, mas, felizmente, as coisas correram bem. Por outro lado, percebemos que ainda há muito por trabalhar para sermos uma equipa competitiva, capaz e sempre disponível para disputar o jogo», notou.

Com Gustavo Sauer de regresso às opções, depois de ter sido expulso na visita ao Marítimo, o treinador projeta um «jogo difícil» no estádio do Gil Vicente, onde os axadrezados triunfaram na última jornada de 2020/21 e selaram a manutenção.

«São contextos e equipas diferentes, mas o Gil Vicente habitou-nos a apresentar equipas competentes, competitivas e muito organizadas. Esperamos as mesmas dificuldades dos jogos passados e outras diferentes, atendendo às características e à forma de jogar do adversário. Sabemos o que vamos encontrar, mas isso não nos tira ambição», concluiu.