Depois de uma paragem prolongada, o campeonato está de volta e Jorge Simão quer mostrar que as últimas três semanas foram de muito trabalho no Boavista.
«O sentimento é ‘ufa, vamos jogar’. Não é muito comum, no decurso de um campeonato, haver uma fase destas, mas tivemo-la e aproveitámo-la da melhor forma que pudemos. Tivemos hipótese de fazer quatro jogos-treino, de trabalhar no duro, focados e com rigor e definir comportamentos que queremos que sejam visíveis no jogo já amanhã [sábado].»
Na antevisão ao jogo com o Moreirense, o técnico disse que «se pudesse ter escolhido, preferia ter estado a jogar nesta pausa» e que «não é fácil manter os jogadores com o mesmo nível de dedicação, porque sabem que não há jogo e isso, quer se queira quer não, é sempre uma dificuldade».
Ainda assim, o técnico sublinhou que deu para limar arestas: «Foram três semanas sem jogos e o que senti, mesmo nos jogos-treino que fizemos, contra equipas da II Liga e inclusivamente contra a nossa equipa B, foi que os jogadores se mantiveram focados. Conseguimos manter toda a gente viva e focada naquilo que é a evolução dos comportamentos que queremos.»
As más notícias nestas últimas semanas foram as lesões de Renato Santos e de Costa, que se juntaram a Edu Machado, Tiago Mesquita, Iván Bulos e Yusupha Njie, entregues ao departamento médico, mas o treinador não se lamenta.
«Por muito lamento que possamos sentir por não poder contar com um jogador numa fase ou num jogo, o que sinto é uma esperança redobrada em poder ver outro jogador que daria a vida para poder ter minutos de jogo e dar o seu contributo à equipa», disse, citado pela Lusa.
Quanto ao Moreirense, Jorge Simão disse que não preparou o jogo com base na tabela classificativa (17.º lugar) ou pelo «último trajeto em termos de resultados» que o adversário efetuou.
O foco foi outro: «Cada vez me foco mais nas caraterísticas da equipa e na influência que o seu treinador tem vindo a ter na equipa. Isso é que interessa, perceber quais são as caraterísticas, que comportamentos esta equipa procura no jogo, para nos podermos preparar reduzindo o grau de incerteza do que vamos encontrar.»
