Petit, treinador do Boavista, em declarações na sala de imprensa do Dragão, após a derrota por 1-0 no dérbi contra o FC Porto, da 30.ª jornada da Liga:

«Fomos uma equipa competitiva. Sabíamos que íamos encontrar um FC Porto forte, com um estádio cheio. O FC Porto tem uma dinâmica muito interessante pelo meio e no ataque à profundidade. Criou duas ou três situações em que causou perigo.

Perdemos algumas bolas na saída. O FC Porto começou a recuperar as bolas mais alto e não permitiu que saíssemos em transição. Ainda conseguimos sair algumas vezes e tivemos o remate do Seba Pérez que poderia ter dado golo depois de um erro do guarda-redes do FC Porto. A primeira parte foi equilibrado, sem muitas oportunidades.

Entrámos bem na segunda parte e ajustámo-nos às mudanças que o FC Porto fez. Nem sentimos essas mudanças. O penálti a favor do FC Porto surge depois de um lançamento de linha lateral. Conseguimos reagir e colocámos o Gorré. Sabíamos que o Pepê gosta de correr, mas que tinha dificuldades [em defender] e decidimos tentar segurá-lo. Ligámos mais o jogo por ali, saímos bem e criámos mais algumas situações de golo. Tomámos conta do golo depois da expulsão. Introduzimos mais um avançado e criámos três situações para conseguir outro resultado.

Valeu pela exibição e pela qualidade que os meus jogadores mostraram. Fico satisfeito pelo comportamento dos jogadores, mas triste pelo resultado. Amargo de boca? Quando não se ganha, existe sempre amargo de boca. Ganhar os três pontos é a maior felicidade que podemos ter. 

Não é fácil jogar num estádio com 47 mil espetadores. Muitos jogadores há dois anos estavam no CNS, outros vieram dos juniores do Boavista. Na época passada valorizámos alguns ativos e esta época tivemos de fazer o plantel com jogadores diferentes. É verdade que podíamos ter mais alguns pontos. O Boavista é um clube com história, mas viveu momentos complicados. Está a reerguer-se em termos financeiros, compete-me valorizar os jogadores e tornara e equipa competitiva. Adoro o Boavista, estou aqui desde os nove anos e dá-me muito gosto ver a evolução destes jogadores.

O FC Porto é uma equipa que empurra os adversários para trás. Avisei os jogadores para o momento da perda de bola porque podíamos ficar expostos e ter dificuldades. Trabalhámos um pouco isso esta semana. O FC Porto mete muita gente na frente, reage bem à perda e é capaz de criar dificuldades a partir daí. Consentimos pouco ao FC Porto. Somos a quinta equipa que mais marca na Liga e hoje criámos situações para marcar. Houve uma grande defesa do Diogo no final. O resultado podia ter sido outro. 

O FC Porto foi um justo vencedor, mas fica a sensação de que poderíamos ter tido outro resultado. Jogar contra dez no Dragão não é fácil. Dei indicações à equipa que queria outro resultado, coloquei o Bozeník e o Mangas e o Gorré abertos. Tirei o Makouta porque já tinha amarelo. A equipa tem capacidade para jogar dentro e na pronfudidade. Este é o nosso trabalho. Demora tempo, mas dá-me gosto de ver esta equipa crescer cada vez mais.»

[O que se passou no fim?]: «Estamos a sair em transição e o árbitro parou o jogo. Os jogadores não gostaram.»