Petit, treinador do Boavista, em declarações na sala de imprensa do Bessa, após o empate (1-1) frente ao Marítimo, em jogo da 13.ª jornada da Liga:

«Estamos frustrados, tínhamos o jogo controlado. O Marítimo teve mais bola e foi mais forte na segunda parte, mas não criou muitas situações. Teve uma oportunidade num pontapé de canto apenas.

Entrámos bem no jogo, a pressionar alto e fizemos um golo. Poderíamos, sobretudo no último passe, ter feito melhor na primeira parte. Na segunda parte continuámos a querer pressionar alto e conseguimos ter algumas saídas. Depois houve a expulsão do Zainadine e poderíamos ter controlado melhor o jogo.

O Marítimo reagiu bem depois da expulsão do Makouta e empatou. É frustrante sofrer um golo aos 90+5. Poderíamos ter tido mais experiência na capacidade de gerir o jogo. São pormenores... Não poderíamos ter sofrido o golo que sofremos. 

Estou satisfeito pela intensidade e atitude da equipa. Os jogadores têm muito mais para dar dar. Em quatro dias não deu para trabalhar muito, mas vamos acreditar no processo. Vejo qualidade no plantel.

Existe um pouco de ansiedade na equipa. Estávamos bem no jogo, a ganhar, com o adversário a não criar muitas situações... Depois há pormenores que são fruto da ansiedade. São nove jogos sem ganhar. Estávamos tão perto de ganhar e na ânsia de querer segurar o resultado. Custa muito. Disse no balneário aos jogadores que perdemos dois pontos e temos de estar tristes e frustrados. Nesta casa, que conheço bem, tem de ser até ao fim.»

[Comentário ao facto de ter feito apenas duas substituições]:

«Às vezes mudámos cinco, outras vezes apenas um ou duas vezes. A equipa estava bem no jogo e a cumprir o que foi pedido nestes quatro dias de trabalho. Conheço o plantel por fora, ainda tive pouco tempo para trabalhar. Senti que estávamos bem defensivamente. O Yusupha estava a dar à equipa opção de segurar a bola e lancei o Gorré para atacar os espaços juntamente com o Sauer. Senti que não precisava de mexer. Não foi por não acreditar nos jogadores.»