A revista «Sábado» noticia, na edição desta semana, que o Ministério Público (MP) e a Autoridade Tributária (AT) têm cinco megainquéritos a decorrer, por suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais em transferências que envolveram alguns dos principais emblemas do futebol português.

Embora faça referência também a Benfica, Sp. Braga, Estoril, Vitória de Guimarães, Portimonense, Marítimo e Sporting, a publicação adianta que o processo-crime mais adiantado é aquele que envolve o FC Porto, e que pode implicar uma vantagem patrimonial ilegal na ordem dos 20 milhões de euros.

A «Sábado» faz referência a quinze transferências do emblema liderado por Pinto da Costa, como Jackson Martínez, Radamel Falcao, James Rodríguez ou Danilo.

O FC Porto reagiu em comunicado divulgado ainda na noite de quarta-feira, assim que começaram a surgir informações sobre a reportagem da Sábado. O texto garante que «nunca a FC Porto SAD e/ou o presidente do seu Conselho de Administração foram interpelados, ouvidos ou interrogados em qualquer tipo de inquérito ou diligência judicial similar sobre qualquer uma destas matérias».

A reportagem faz referência também a alguns negócios do Benfica que estarão sob investigação, como as contratações de Carrillo, Pizzi, Jiménez, Júlio César, Ola John e Jonas. Contactada pelo Maisfutebol, fonte do Benfica garantiu que a SAD encarnada também desconhece qualquer investigação, e como tal nem está prevista qualquer reação formal.

O Sp. Braga é que reagiu em comunicado, já nesta quinta-feira, para afiançar que «desconhece qualquer investigação em curso e que não recebeu nenhum contacto das autoridades no sentido de prestar qualquer informação adicional àquela que é de acesso público e que está devidamente verificada e validada pelos auditores e pelos reguladores, bem como pelas regulares fiscalizações da Autoridade Tributária».

A «Sábado» fala em 40 alvos envolvidos nestes megainquéritos, e faz referência ao empresário Jorge Mendes e à esposa deste, assim como a Carlos Osório de Castro, empresário que trabalha com a Gestifute.

O Maisfutebol contactou a Procuradoria Geral da República, mas até ao momento não recebeu qualquer resposta.