Bruno Gomes regressou a Portugal para voltar a representar o Estoril, mas a mudança está a dar que falar no Brasil.

O avançado rescindiu com o Internacional e assinou pelos Canarinhos, mas o clube do Beira-Rio não reconhece a rescisão e vai recorrer da decisão e promete ir até à FIFA.

Tudo começou no final da passada temporada quando Bruno Gomes terminou o empréstimo. O Estoril tentou a negociação, apresentou proposta, mas o Internacional recusou.

Depois disso, Bruno Gomes começou a treinar com o plantel dos brasileiros e até foi convocado algumas vezes, embora sem jogar. Simultaneamente os representantes do brasileiro recorreram à Justiça para conseguir a rescisão não a conseguindo, nem em primeira nem em segunda instância.

Posteriormente entraram na Justiça com um Habeas Corpus que deu um deferimento parcial ao jogador, ficando com liberdade para trabalhar onde quisesse. Com este documento, o jogador encaminhou a decisão à Federação Gaúcha de Futebol (FGF), assim como para a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), que no dia 18 validou a rescisão.

Assim o jogador assinou pelo Estoril, mas o Inter não se conforma e diz que a decisão foi errada. Os advogados do clube dizem que o contrato continua válido.

«Não houve rescisão. Existe uma ação em curso, na qual ele pediu a rescisão, e isso não foi deferido. Ele entrou com habeas corpus, houve um deferimento parcial, que teria liberdade para trabalhar onde quisesse. Mas o tribunal não rescindiu. Essa decisão foi encaminhada para a FGF e a CBF que interpretaram erradamente. Entramos com recurso. A ministra esclareceu que não rompeu o contrato. Assegurou o direito de trabalhar onde quiser. Estamos aguardando posição. Pode romper o contrato, mas há consequência para isso. A Justiça não declarou rompido», afirma o vice-presidente jurídico do Inter, Gustavo Juchem, ao GloboEsporte.com.

O processo continua e se a Justiça der razão ao Internacional, Bruno Gomes não poderá jogar pelo Estoril.

O mesmo dirigente acusa ainda o clube português de aliciamento: «Entendemos que é um caso de aliciamento. Em junho recebemos a proposta oficial, que não aceitamos. O que não quer dizer que não possa ser negociado. Houve essa tentativa de contratá-lo de graça. Segue o processo. Se isso se confirmar, nós vamos discutir. O contrato está em vigor. Ele não foi rompido. Até pede que seja rescindido, mas até o momento não houve decisão favorável. Há a proposta formalizada. O que mostra a intenção prévia dele e do clube. Foi o mecanismo usado para não arcar com os custos financeiros.»