O Sporting ficou de sorriso rasgado no regresso ao Jamor. Quase um ano depois da marcante final da Taça com o Aves, manchada pela invasão à Academia de Alcochete, dias antes, o leão foi ao Estádio Nacional golear o Belenenses por 8-1.

A equipa de Marcel Keizer entrou em campo já com o pódio garantido, por força da derrota do Sp. Braga na Madeira, e ali a meio da primeira parte já tinha o décimo triunfo consecutivo na mão.

Muriel esteve apenas 22 minutos em campo: em duas ocasiões meteu os pés pelas mãos e condicionou a estratégia do Belenenses, que aumentou para oito o número de jogos sem ganhar.

Pouco confortável com a bola nos pés, o guarda-redes brasileiro fez uma verdadeira assistência para Raphinha inaugurar o marcador logo ao minuto 11.

Muriel acabaria depois por ser expulso ao minuto 22 – sem fazer qualquer defesa com as mãos -, por derrubar precisamente Raphinha perto do limite da área.

Para a baliza do Belenenses entrou Guilherme Oliveira, estreante na Liga. Formado no Sporting (antes de entrar recebeu um abraço de Nélson, treinador de guarda-redes leonino), o jogador de 24 anos começou por defender um remate de Bruno Fernandes com as pernas, mas em cima do intervalo foi infeliz na abordagem a um remate de Luiz Phellype, que aumentou a vantagem do Sporting.

Silas, que já tinha prescindido de Cleylton perante a expulsão de Muriel (o Belenenses passou a jogar em 4x4x1), decidiu trocar Diogo Viana por Matija Ljujic ao intervalo, e foi de um remate do médio sérvio que saiu o golo que devolveu alguma ambição à equipa visitada: Renan defendeu para o lado e Licá aproveitou para marcar (60m).

A discussão do triunfo só esteve reaberta por cinco minutos, no entanto. Gudelj aumentou a vantagem leonina com um remate que desviou em André Santos, e logo a seguir Bruno Fernandes abriu a contagem pessoal na conversão de um penálti (68m).

O capitão leonino voltaria a marcar aos minutos 74 e 83, completando assim o primeiro hat trick de verde e branco, e já leva 31 tentos na temporada. 19 dos quais na Liga, que fazem dele o melhor marcador português deste século, na prova.

Foi Doumbia a fechar as contas, ao minuto 89m, mas o regresso do Sporting ao Jamor também devolveu o sorriso a Bas Dost, que na marcante final da Taça com o Aves até jogou com um adesivo na cabeça. Agora o holandês voltou à competição, após quase dois meses de ausência, devido a lesão, e conseguiu logo marcar um golo, festejado a propósito no relvado e nas bancadas (77m).

O Sporting foi ao Jamor afastar memórias negativas, para daqui a três semanas voltar ao Estádio Nacional para discutir a Taça de Portugal com o FC Porto.