Declarações do treinador do Rio Ave, Carlos Carvalhal, na sala de imprensa do Estádio do Rio Ave FC, em Vila do Conde, após o empate ante o V. Guimarães, em jogo a contar para a primeira jornada da Liga:

«Era importante desmontar as duas linhas que o Vitória tem no momento defensivo. Entrámos forte, com passes na diagonal para o lado contrário, desmarcações sistemáticas de rutura e apoio para tentar quebrar e abrir espaço entre a linha defensiva e a linha média. Sabíamos que ia ser um jogo de paciência. Era importante fazer um golo. Conseguimos tudo isto, boa posse de bola, controlo com bola, oportunidades e depois, para mim, o momento do jogo é o golo do empate. A partir do empate, as coisas ficaram mais difíceis para nós. Primeiro, porque o vento ficou a soprar um pouco mais forte, mas não foi por aí. Fundamentalmente, a nossa equipa ficou mais desgastada. Era importante estar por cima do marcador, para com os jogadores rápidos no banco, procurar mais em transição mais um ou outro golo. Não aconteceu.»

«A partir da expulsão, o jogo inverteu-se. A nossa equipa soube responder à dificuldade que havia no momento. Soube defender-se, perceber que teríamos de apostar mais em transições. Tentei ajudar no banco com a entrada de jogadores rápidos. Dizer se é justo ou não, é o que é. É um ponto. O que me apraz registar é o nível de coesão da equipa, no sentido de perceber o que é que o jogo pedia. Teríamos de ter mais eficácia na primeira parte, eventualmente não ter sofrido o golo e o jogo podia ter outra história, contra uma equipa forte e difícil de ser batida.»

[Porque tirou Mané após a expulsão e não outro jogador:] «O Carlos Mané ainda está a adquirir ritmo de jogo, treinou a semana toda condicionado com uma dor no adutor. Essa é uma parte, a outra parte é que num jogo de transições, entendemos que o Nuno [Santos] é mais potente poderia chegar por ele só, com a ajuda dos colegas, à baliza, teve a ver fundamentalmente com isso. Não pela prestação.»

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«Dores de cabeça é quando não temos jogadores. Quando se tem, nunca é. Fazer o trabalho normal, deixar os jogadores exprimirem o seu talento e capacidade e depois escolher os onze para o jogo. Dou o exemplo de um jogador que não tem sido utilizado: o Jambor tem trabalhado bem, está ali a bater à porta. Queremos que toda a gente esteja apta. Ninguém se pode distrair, uma prestação ou duas menos positivas, tem um colega ao lado.»

[Sete pontos em quatro jornadas:] «Muito satisfeito, perdemos pontos num jogo que jogámos com dez, hoje voltámos a perder pontos a jogar com dez, não estou a fazer crítica. Conseguimos seis pontos com o Aves e Sporting, o empate não é mau, é um ponto, infelizmente em Famalicão se calhar merecíamos mais, mas temos de aceitar. Em função de tudo isto, creio que estaremos bem posicionados, mas estamos no início ainda. Temos de somar mais, tentar vencer o Tondela, que é o próximo adversário.»