A queda do Sp. Braga é óbvia. Os Guerreiros do Minho só ganharam um dos últimos cinco jogos e afastaram-se da luta pelo top-3 na Liga. Aos maus resultados associou-se uma exibição muito má contra o Paços de Ferreira. Carlos Carvalhal faz mea culpa e dá explicações.

«Temos que ultrapassar essa barreira [quebra no final das épocas], mudar essa realidade. Queremos acabar de forma diferente do que o Braga fez nos últimos 10 anos e sair por cima no campeonato. Decaímos um bocado e assumimos essa responsabilidade, mas temos capacidade para dar a volta. Andámos em segundo lugar, mas não nos conseguimos estabilizar nessas posições e temos que ver porquê», disse Carvalhal na conferência de imprensa de antevisão à visita a Barcelos.

«Podemos fazer melhor e isso passa pela cultura da exigência. Quando a pontuação já não é significativa, a motivação de defender o Sporting de Braga tem que ser maior do que tudo.»

Carvalhal assume que há «questões culturais a ultrapassar» e uma tendência «inaceitável» de facilitar nesta fase final de desaceleração no campeonato.  

«Neste momento, a fadiga já não se coloca, já aliviámos três ou quatro jogadores, até em termos mentais. Acabou a conversa da fadiga, agora é a conversa do foco, da ambição e de acabar a época bem. Estamos a tempo de escrever a página mais brilhante do Sporting de Braga em 100 anos de história.»

O treinador do Sp. Braga aceitou voltar à má exibição realizada contra o Paços. «Há sempre ilações a tirar nos jogos e tirámos muitas neste jogo. Os jogadores jogaram o jogo cada um por si e isso tem que ser criticado. Já dissecámos o jogo do Paços de Ferreira e, sobretudo na primeira parte, não quer dizer que não tivesse havido atitude, mas o futebol é um desporto coletivo e a atitude passa pela ligação entre todos os elementos.»

O Gil Vicente-Sp. Braga disputa-se no domingo, em Barcelos, às 20 horas.