Depois do «chumbo» a matemática, arrumadas as contas de uma eventual passagem aos oitavos de final da Liga dos Campeões, o Benfica encontrou conforto numa aula de química conduzida por Pizzi e Vinícius.
O avançado brasileiro somou mesmo três golos e uma assistência, assumindo assim o protagonismo maior de mais um triunfo da equipa de Bruno Lage, de regresso ao conforto da Liga, e com liderança salvaguardada.
A estrear um novo treinador, o Marítimo entrou atrevido na Luz, e em sete minutos conseguiu três aproximações perigosas à baliza de Vlachodimos, que sujou logo o equipamento para travar um remate de Maeda (3m) e ainda apanhou um susto com uma tentativa de longe de Vukotiv que desviu em Getterson e passou a centímetros do poste.
As intenções pareciam as melhores, mas em duelos destes já se sabe que a eficácia vinca a diferença existente ao nível do talento (ou o talento é que vinca a diferença através da eficácia, como preferirem).
Certo é que, na segunda vez que foi à área do Marítimo, o Benfica adiantou-se no marcador. André Almeida descobriu Vinícius na área e este, de costas para a baliza, teve a clarividência de servir Pizzi de frente (8m).
Apenas nove minutos depois os papéis inverteram-se: Taarabt deixou Pizzi na cara de Amir, mas o médio, perante a proximidade do guarda-redes, tocou lateralmente para Vinícius finalizar.
Os apontamentos estatísticos só não se repetiram ao minuto 31 porque Amir tocou na bola entre o cruzamento de Pizzi e a finalização de Vinícius, o que «roubou» a assistência ao português mas deu um jeitaço ao brasileiro.
Em meia-hora o Marítimo perdeu o atrevimento e passou a desconfiar da capacidade para surpreender, com a mesma rapidez com que o Benfica encontrou conforto para redimir-se da eliminação da Liga dos Campeões.
Bruno Lage repetiu o onze de Leipzig, de resto, com Chiquinho e Taarabt como interiores. O Benfica foi sagaz a explorar largura e profundidade de forma a chegar com contundência a zona de finalização, mas não precisou deslumbrar para garantir um resultado volumoso.
Mas neste contexto isso também não é novidade, certo?
O 4-0 apareceu logo no arranque da segunda parte, com Vinícius a aproveitar a recarga de uma defesa de Amir a remate de Chiquinho para completar o «hat trick».
Utilizado novamente a «6», Gabriel foi expulso com trinta minutos ainda por jogar, mas Lage nem precisava de ter atrasado a entrada de Raul de Tomas.
O Marítimo já acusava mais o peso do resultado do que a perspetiva de deixar uma imagem diferente.