Apesar do apoio manifestado pela «quase unanimidade» das sociedades desportivas, como o próprio referiu, no final da Cimeira de Presidentes, Pedro Proença não desfaz o tabu relativo à recandidatura à liderança da Liga.

«Não escondo que recebemos, eu e a direção, o reconhecimento pelo trabalho que fizemos nestes oito anos, por parte da quase unanimidade dos presidentes dos clubes. É evidente que se vai iniciar um novo ciclo em junho, e muito em breve o presidente Pedro Proença, e a sua direção, vão dizer se são candidatos ou não», afirmou, no final do evento, realizado no Convento de São Francisco, em Coimbra.

«O que interessa, e o que sai desta Cimeira, é que não há mais espaço para “aventurarismo”, aquilo que se passou antes de 2015, quando tínhamos uma liga em estado de insolvência. Isto é que é fundamental: os clubes perceberem o que não querem. Estamos no tempo da tecnocracia. Os desafios são imensos, nos próximos quatro anos: a centralização dos direitos televisivos e a discussão da industria do futebol profissional. É um espaço dedicado aos técnicos», acrescentou Proença.

A Cimeira dos Presidentes serviu para discutir o projeto de centralização dos direitos televisivos, apresentar um plano estratégico para 2023-27 (elaborado com a consultura EY), e a apresentação do ponto de situação do novo edifício Arena Liga Portugal.

«O que está em cima da mesa é o cumprimento do decreto-lei, que estipula 2025 como a data para apresentação da proposta à Autoridade da Concorrência, e 2028 como altura em que este processo tem definitivamente de arrancar. A Liga estuda eventuais propostas de antecipação desse cenário, desde que sejam benéficas para os clubes», explicou Proença, à comunicação social, relativamente à centralização dos direitos televisivos.

O presidente da Liga garantiu que a Cimeira decorreu em «ambiente muito positivo», e garantiu que «questões como disciplina e arbitragem não entram nas Cimeiras de Presidentes».

«Proença é o homem certo»

Em declarações à comunicação social no final da Cimeira de Presidentes, mas antes ainda das conclusões de Pedro Proença, o presidente do Boavista deixou rasgado elogio ao presidente da Liga.

«O trabalho que tem desenvolvido tem sido uma demonstração clara e inequívoca de que é o homem certo, no momento certo», referiu Vítor Murta, referindo-se a Proença como «uma figura unânime para todos os clubes».

«Os presidentes - ou grande parte dos presidentes - incitaram o presidente da Liga Pedro Proença a candidatar-se a um novo mandato, ao mandato 2023-2027. Achamos que deve continuar e apresentar nova candidatura. Deve encerrar os dossiers que iniciou e nos trouxe até aqui», transmitiu o presidente do Penafiel, António Gaspar Dias.