A figura: Jonas
No dia do 33º aniversário, o avançado brasileiro quebrou o «tabu» e estreou-se a marcar em clássicos. Entrou com a «corda» toda, conquistando cedo a grande penalidade que ele próprio converteu, para dar vantagem ao Benfica. A energia era tanta que até deu depois para um «choque» com Nuno Espírito Santo e consequente «reprimenda» de Maxi. Após o golo do empate, apontado precisamente pelo uruguaio, Jonas voltou a assumir um protagonismo maior, mas deparou-se com a inspiração de Casillas, que em três ocasiões lhe negou o golo (62, 65 e 73m), para além de um cabeceamento que saiu a centímetros do poste (66m).
Positivo: o «empurrão» de Semedo
Mesmo perante um adversário de enorme qualidade, como é Brahimi, a influência ofensiva de Nélson Semedo foi a habitual. Notável a segurança com que explora o flanco e empurra a equipa para a frente, sempre com qualidade no passe. Ao minuto 17 tentou mesmo a sua sorte de fora da área (não foi a melhor opção), mas o remate saiu muito torto.
Negativo: Mitroglou sem a eficácia habitual
O grego já foi muitas vezes o «abono de família» do Benfica, esta época, mas neste clássico faltou-lhe a eficácia que o destaca tantas vezes. Sobretudo ao minuto 73, quando a bola lhe cai nos pés em posição privilegiada, após livre de Pizzi, mas atira para defesa de Casillas.
Outros destaques:
Samaris
Ainda não foi desta que Fejsa regressou, mas Samaris esteve à altura do desafio. O grego tem subido de rendimento, de resto, e no clássico voltou a merecer nota claramente positiva. Muito forte na pressão logo que o FC Porto tentava sair da sua zona defensiva, e depois também sólido no passe (algo em que peca muitas vezes), a tentar lançar a equipa para o espaço vazio.
Rafa
Foi a surpresa reservada por Rui Vitória e assinou uma exibição assim-assim. Muito concentrado no apoio defensivo a Eliseu e aqui e ali a aparecer na zona central, a criar desequilíbrios, mas como habitualmente faltou-lhe maior clarividência no último terço.