A vertigem do líder não foi suficiente para aumentar a distância no topo da tabela classificativa.

O FC Porto foi superior no primeiro clássico da época, a tirar proveito da verticalidade do seu futebol (sobretudo no primeiro tempo), mas o desacerto dos avançados e a qualidade de Rui Patrício evitaram um triunfo azul e branco em Alvalade.

O Sporting melhorou na segunda parte, mas a produtividade ofensiva foi curta para o «assalto» à liderança.

FILME DO JOGO

A primeira parte teve ascendente claro do FC Porto. O Sporting teve mais bola, mas raramente conseguiu chegar com solidez a zonas de finalização, ressentindo-se particularmente do desacerto de Jonathan Silva e Battaglia na construção.

Seguro defensivamente, o FC Porto era depois bem mais pragmático no ataque, em transição rápida ou com variações rápidas de flanco, a explorar a velocidade de Brahimi e Marega.

A equipa de Sérgio Conceição criou uma mão cheia de oportunidade no primeiro tempo, a terminar com um cabeceamento de Marega à trave (45m). Isto pouco depois de um lance em que Aboubakar surge isolado mas vê Patrício tirar-lhe a bola dos pés (41m).

O Sporting chegou ao intervalo com um só remate, alcançado a apenas três minutos do descanso, e na sequência de um lance de canto, com William a cabecear e Casillas a desviar por cima da barra.

Mais equilibrado, mas não para os guarda-redes

Na segunda parte a equipa leonina subiu de rendimento, graças a um maior acerto na primeira fase de construção e à irreverência de Gelson à esquerda, a puxar por Jonathan, bem mais influente em termos ofensivos.

O lateral argentino apareceu duas ou três vezes a cruzar da linha de fundo, e numa delas foi por pouco que Bas Dost não conseguiu o desvio, mas a verdade é que a equipa leonina praticamente não incomodou Casillas.

Bruno Fernandes ainda assustou o guarda-redes espanhol num lance em que desarma Danilo à entrada da área, mas o remate saiu muito por cima (60m).

Com menor caudal ofensivo, mas sempre mais pragmático, o FC Porto ainda criou duas situações de perigo evidente, mas Rui Patrício segurou o nulo. Primeiro com uma mancha aos pés de Marega (79m) e depois a parar um livre direto de Layún (90m).