A figura: Cláudio Ramos
Matt Jones ocupou a baliza do Tondela durante parte da época mas chegou entretanto a vez de Cláudio Ramos e o português tem justificado a confiança. Em Vila do Conde, foi verdadeiramente decisivo. Negou dois golos a Guedes em situações de um-para-um, antes e depois do intervalo, defendendo ainda uma grande penalidade convertida por Ukra. Providencial.

O momento: Nathan cava o fosso
O Tondela tinha operado a reviravolta mas sobrava tempo para o Rio Ave responder. Seria o terceiro golo da formação visitante, logo após o 1-2, a cavar um fosso decisivo. Canto na direita de Tinoco e Cássio a falhar por completo a bola, borrando a pintura de forma pouco habitual. Nathan Júnior viu a bola chegar aos seus pés e fez o resto.

Outros destaques:

Jhon Murillo
O avançado que o Benfica descobriu na Venezuela iniciou a época como titular no Tondela mas foi perdendo espaço e, sinceramente, não se percebe porquê. Tem argumentos para se afirmar como um dos bons extremos nesta Liga. Aliás, a equipa que luta pela manutenção apresenta soluções de qualidade para os flancos, destacando-se este Jhon Murillo, extremamente veloz e incisivo. Bela movimentação para marcar o seu primeiro golo na Liga, a passe de Otoo, iniciando a reviravolta do Tondela.

Petit
Fez uma aposta de risco ao aceitar o convite do Tondela após deixar outro clube que luta pela manutenção: o Boavista. Curiosamente, os dois emblemas que ocupam nesta altura as duas últimas posições. Petit enfrenta essa realidade de frente e conseguiu neste período aumentar a intensidade deste Tondela, que tem argumentos interessantes na frente mas pecava em demasia nos momentos decisivos. Está dado o mote para uma nova esperança tondelense, com mérito do treinador.

Tarantini
Esteve no melhor e no pior. De regresso ao onze na Liga, após longa ausência, destacou-se claramente nas fases de menor clarividência do Rio Ave e quebrou um nulo num movimento pleno de inteligência. Porém, mudaria a face na etapa complementar, quando viu um cartão amarelo e, pouco depois, o vermelho direito. Tudo por palavras que o árbitro considerou demasiado ofensivas. Algo nada habitual no médio, por sinal.