O Sporting revelou no propeto enviado à CMVM, relativo à admissão em Bolsa de 28 milhões de euros em ações, que enfrenta grave problemas de liquidez. 

A SAD reconhece que «o fundo de maneio» e «os saldos de caixa» existentes neste momento «não são suficientes para cobrir as necessidades nos próximos 12 meses (saldo entre os recebimentos e pagamentos de ativos e passivos correntes)». 

A SAD acrescenta, de resto, que as necessidades em causa «se estimam em cerca de 65 milhões de euros, dos quais 41 milhões de euros até 30 de junho de 2019». «Estimamos que a insuficiência de recursos se manifeste no final de abril de 2019», pode ler-se.

Ora para enfrentar estes problemas de liquidez imediata, o Sporting pretende concluir até final de março a cedência de créditos futuros do contrato relativo aos direitos televisivos celebrado com a NOS.

«A Emitente tem a expectativa que esta operação será bem sucedida, caso em que a Sociedade poderia, só com esta operação, suprir as necessidades de fundo de maneio dos próximos 12 meses.»

O Sporting, no entanto, admite que pode também, e durante os próximos 12 meses,  «realizar novas operações de financiamento, nomeadamente financiamento bancário ou emissões obrigacionistas, e obter novos patrocínios relacionados com a equipa principal de futebol, o Estádio José Alvalade ou a Academia Sporting.»

Se nenhuma destas hipóteses de financiamento extraordinário vier a concretizar-se, ou possa concretizar-se em tempo útil, a SAD leonina diz que pode sempre vender passes de jogadores, de forma a cumprir as suas obrigações até final da época desportiva.