O MOMENTO
Minuto 62, golo de Corona: Com o marcador a assinalar 1-0 e Gideão a parecer capaz de manter a baliza inviolável até ao fim, surgiu o golo que desbloqueou o jogo e acabou de vez a resistência axadrezada. Uma boa movimentação individual de Corona e um remate que aproveitou que o guarda-redes estava adiantado para aumentar a vantagem.
 
A FIGURA
Danilo: Depois de algumas exibições menos bem conseguidas, apareceu em grande. Extremamente eficaz no apoio defensivo, num movimento que faltava à equipa nos últimos tempos. Foi crescendo cada vez mais no jogo, parecendo, em certos momentos estar em todo o lado. Coroou a exibição com um belíssimo golo de calcanhar.
 
NEGATIVO
Três substituições por lesão de jogadores do Boavista, sem que tenha havido intervenção do adversário nessas lesões é, no mínimo, estranho. Não pode ser culpa do sintético do Bessa, porque esse já foi substituído. O relvado também não estava, aparentemente, em tão más condições. A verdade é que a equipa acabou por ficar reduzida a 10 elementos quando Anderson Correia saiu lesionado e Sánchez já não podia fazer substituições. Um caso para o departamento médio e/ou o preparador físico analisarem.
 
OUTROS DESTAQUES
 
Herrera: Ganhou o gosto aos golos e agora não quer outra coisa. Já tem cinco na Liga esta época, mais do que marcou pelos dragões em qualquer das temporadas anteriores. Bem na desmarcação a responder a um belo passe de André André. Além do golo, apareceu muito bem nas movimentações a meio campo a distribuir jogo.
 
Aboubakar: Vivia uma crise de confiança que parece ter acabado neste jogo. Depois de muito rematar, mas também muito falhar (com alguma responsabilidade também para Gideão), acabou por marcar. O segundo já lhe saiu muito mais naturalmente.
 
Corona: Um belíssimo golo, num lance em que apareceu de trás e conseguiu furar por entre a defesa boavisteira, e num momento em que Gideão ia dando conta de tudo o que era remate à sua baliza.
 
André André: Um excelente passe para o golo de Herrera, num jogo em que parecia jogar de pantufas. Muito preocupado em reforçar o setor defensivo quando a equipa perdia a bola, mas rápido nas transições ofensivas. Vai voltando a mostrar o André André do início da época.
 
Gideão: Sofreu um golo na primeira parte, mas sem responsabilidades. Depois foi aguentando a pressão portista, para grande desagrado de Aboubakar, principalmente. Com o golo de Corona, a muralha ruiu e depois foi só ver bolas atrás de bolas entrarem na baliza.