FIGURA: Waldschmidt

Discutiu o protagonismo com Darwin Núñez, que também merecia figurar neste espaço, mas ganhou vantagem pelos dois golos marcados em Vila do Conde, o segundo bis na Liga 2019/20. Motivado pela estreia a marcar pela seleção principal da Alemanha, o avançado regressou a Portugal para mais uma demonstração de classe e frieza na finalização. Após dois golos em Famalicão, repetiu a dose na visita ao Rio Ave. Golos fáceis, é certo, mas Waldschmidt combina eficácia com qualidade de jogo, formando uma dupla extremamente interessante com Darwin.

MOMENTO: Benfica apresenta a receita

Os minutos iniciais já tinham deixado indicadores nesse sentido mas foi o primeiro golo do jogo, ainda no primeiro quarto-de-hora, a confirmar que esta seria a vitória mais segura dos encarnados em Vila do Conde nos últimos anos. Pé direito de Rafa, cabeça de Darwin, calcanhar de Everton Cebolinha e pé esquerdo de Waldschmidt para um golo do tal quarteto fantástico que abalou a estratégia do Rio Ave.

CRÓNICA DE JOGO: Quatro em linha

OUTROS DESTAQUES

Darwin Núñez: Waldschmidt tem a frieza alemã, Darwin é quente, apresentando o típico calor sul-americano. Uma força tremenda, um portento de 21 anos, um investimento avultado do Benfica que vai justificando a aposta. O jovem avançado criou inúmeros desequilíbrios no ataque, perante a evidente incapacidade da defesa do Rio Ave para combater a sua agressividade, intensidade e velocidade com bola. Mais uma assistência para golo, ganhando a Ivo Pinto para servir Waldschmidt, apenas o lance mais vistoso de um excelente desempenho do uruguaio.

Gabriel: Bela exibição no setor intermediário do Benfica, contribuindo para o ascendente encarnado nesse setor. Vai-se afirmando como a principal aposta de Jorge Jesus como unidade mais defensiva a meio-campo, respondendo à altura. Mereceu o último golo do encontro, aquele pontapé fulminante que matou o jogo em Vila do Conde.

Gilberto: Estreia sem preparação para o antigo lateral do Fluminense, na sequência de uma lesão aparentemente grave de André Almeida. Para primeira amostra, nota positiva. Cumpriu na tarefa principal, fechando o seu flanco com convicção, sobretudo na etapa complementar. Destaque para o grande corte ao minuto 78, quando Gabrielzinho estava enquadrado com a baliza do Benfica.

Aderllan Santos: Máximo expoente de uma noite pouco inspirada do Rio Ave, nada condizente com a qualidade dos seus jogadores. Aderllan Santos, por exemplo, já demonstrou talento para a função mas teve um desempenho terrível, com erro atrás de erro. Noite verdadeiramente para esquecer.