FIGURA: David Simão

Assumiu a construção de jogo do Boavista, com combinações interessantes, num meio campo já muito bem oleado. Foi o principal responsável pelos raros momentos de desequilíbrio da equipa canarinha, ao desmarcar Renato Santos e Talocha nas alas em diversas ocasiões. Golo ao cair do pano foi o culminar de uma exibição muito positiva, que assegurou a quinta vitória consecutiva em casa para o Boavista, o melhor registo desde que regressou à primeira divisão.

O MOMENTO: penálti de David Simão, minuto 85

Numa altura em que o empate parecia cada vez mais certo, à medida que o relógio se aproximava do minuto 90, Dankler travou Yusupha em falta na linha limite da grande área. Vítor Ferreira ainda recorreu ao VAR, viu as imagens ele mesmo, e assinalou a grande penalidade. No momento mais tenso de um jogo sem grandes oportunidades de golo, David Simão mostrou-se frio e matou a partida: guarda-redes para um lado, bola para o outro.

Boavista-Estoril, 1-0: crónica

OUTROS DESTAQUES:

Mateus: autor de seis golos na liga esta temporada, esteve perto de voltar a fazer o gosto ao pé em diversas ocasiões. Rápido e ágil de costas para a baliza, arranjou espaço para rematar com violência ao minuto 47, mas saiu ao lado. Pouco depois, sentou Dankler dentro da área e em posição favorável ao remate, tentou servir Yusupha, mas a jogada acabou por não se materializar. Aos 77 minutos deu lugar a Leonardo Ruiz.

Yusupha: Numa noite onde oscilou entre altos e baixos, acabou por ser decisivo ao sofrer a falta que dá origem ao penálti que resolve a partida. O gambiano não esteve na sua noite mais inspirada, apesar de detalhes técnicos interessantes, mostrando ser uma das maiores promessas da equipa de Jorge Simão.

O resumo da vitória do Boavista ante o Estoril

Dankler: Patrão da defesa do Estoril. Exibição de gala do central até ao minuto 81. Sempre bem posicionado, foi imperial a cortar todas as tentativas ofensivas do Boavista. Cometeu o erro de travar Yusupha em falta ao minuto 81, e pagou a pena capital. Um fim inglório para uma exibição, até à altura, irrepreensível.