Jefferson: 11 jogos, 0 golos
A favor: ajuda no ataque e as bolas paradas
Tem dividido a temporada com Jonathan Silva, mas é claramente o preferido de Marco Silva para os jogos mais difíceis, não só pela sua maior experiência, em relação ao argentino, mas também pela sua propensão para subir no terreno e incorporar-se no ataque. Sobe com facilidade pela ala e chega muitas vezes à linha de fundo para cruzar. Em alternativa aos cruzamentos, pode também recorrer ao seu forte remate, numa posição mais interior, para colocar Artur à prova. Tanto em lances de bola corrida, como em lances de bola parada, o lateral tem potencial para improvisar verdadeiras «bombas» no dérbi.
Contra: demora a recuperar e faz faltas com facilidade
O que joga a favor do lateral, também pode jogar contra o próprio. O facto de subir muito no terreno, pode trazer-lhe dissabores, ainda por cima num corredor em que também vão jogar Maxi e Salvio. Marco Silva terá de definir muito bem o campo de ação do lateral e as compensações que os companheiros vão ter de fazer quando este estiver longe do seu território. O lateral terá ainda de ter em conta a forma viril como ataca alguns lances, sob pena de ficar condicionado com um cartão amarelo, tendo em conta a boa técnica de Salvio.
Salvio: 17 jogos, 7 golos
A favor: joga de olhos fechados com Maxi
Se no lado esquerdo do ataque do Benfica existem dúvidas quanto à condição física de Gaitán, no lado direito só há certezas. Maxi é uma delas, Salvio é outra. O extremo argentino está a atravessar um dos melhores momentos da temporada, fazendo inclusive esquecer a ausência do compatriota no flanco contrário. Desce com facilidade pelo flanco, mas deriva muitas para o centro, deixando a ala entregue a Maxi. Foi, aliás, uma combinação entre Salvio e Maxi que permitiu a Gaitán marcar o golo do Benfica no jogo da primeira volta. O extremo pode ainda explorar algumas limitações técnicas de Jefferson, sobretudo quando consegue imprimir velocidade no flanco. Além das assistências, esta época destaca-se também pelos golos. Sete até ao momento, tantos quanto Montero, dois deles na recente goleada ao Marítimo (4-0).
Contra: deixa a ala desprotegida
Quando o Benfica ataca, Salvio entende-se de olhos fechados com Maxi, mas quando o Benfica defende, o entendimento já não é tão claro. O Sporting não vai ter apenas Jefferson sobre a ala e o argentino, quando deriva para o centro, é capaz de deixar verdadeiras autoestradas à disposição de Nani e companhia. O Benfica vai ter de ter em conta as transições ofensivas, uma vez que o Sporting não é o Boavista e não vai permitir tantas facilidades. Salvio também vai ter de ajudar a defender.
