Figura: Luisão
Os colegas de balneário chamam-lhe o capitão e não é por acaso. O brasileiro, com tradição de ser feliz em confrontos com os leões, é uma extensão de Jorge Jesus dentro do relvado, assumindo a missão de ler o jogo partindo de trás. Sem problemas de maior com Fredy Montero, Luisão foi o verdadeiro líder da equipa nas situações de maior ameaço do Sporting, limpando todos os lances de jogo aéreo que pairavam sobre a área.
  
Positivo: os laterais Maxi e Eliseu
Jorge Jesus sabia que a maior responsabilidade de ganhar o jogo pertencia ao Sporting que em caso de outro resultado que não fosse a vitória ficava praticamente KO na luta pelo título. E a defensiva das águas esteve à altura e não deu abébias aos homens mais perigosos dos leões: Carrillo e Nani andaram longe do protagonismo de outros jogos.
 
Negativo: Samaris no golo do Sporting
O grego cumpriu bem a missão. Seguindo apenas a bola não se nota a sua influência no esquema do Benfica, porque o grego é, por excelência, um exímio ocupador de espaços e ganhador de duelos. Acaba por manchar a folha de serviço ao ficar ligado ao jogo pela negativa no lance do golo que deu vantagem aos leões. Perdeu a bola para João Mário e, após defesa de Artur, o lance terminou com a bola dentro da baliza de Artur. Valeu que Jardel em cima do apito final resgatou um ponto para as águias.


 
OUTROS DESTAQUES:
 
Jonas
Foram do avançado brasileiro que o Benfica recrutou no início da temporada, vindo do Valência, as primeiras pinceladas de arte no ataque encarnado. Os lançamentos dos companheiros encontram dele um porto seguro para depositar o esférico, sempre fazendo uso da técnica que marca a diferença para os grandes jogadores. Foi dele o primeiro remate à baliza de Rui Patrício, que, no entanto, acabou na bancada.
 
Salvio
O argentino já foi feliz diante do Sporting em Alvalade, mas desta vez perdeu o duelo com Jefferson. Batalhador é o seu nome do meio, embora sem acrescentar a qualidade esperada no processo ofensivo da equipa. Ainda tentou, na segunda parte, visar a baliza de Rui Patrício, mas o tiro acabou na bancada. Sem Gaitán a equipa precisa que fosse influente, mas o laivo de classe que tantas vezes demonstrou não saiu para o relvado.
 
Artur
Havia alguma desconfiança relativamente ao guarda-redes que ocupou a vaga do compatriota Júlio César e, só por isso, já merece destaque. Ainda largou um par de bolas, mas quando foi preciso respondeu presente. Assinou a defesa a noite a uma cabeça de André Carrillo evitando o golo que os leões tanto procuravam. Ainda foi posto à prova por Fredy Montero, mas respondeu bem.