Apesar de o adversário desta semana ser o Benfica, Augusto Inácio, treinador do Desp. Aves, diz que a sua equipa não vai entrar em campo como «coitadinho».

«A nós cabe-nos atrapalhar o jogo do Benfica, tentar sermos rigorosos como temos sido, tentar o ataque quando houver possibilidade e tentar surpreender. Cabe ao Benfica assumir as rédeas do jogo e tentar marcar o mais cedo possível. A nós cabe-nos defender, mas nunca tirando os olhos da baliza do Benfica, senão quem defende, defende, defende, acaba por perder o jogo, nem que seja no último minuto», afirmou o treinador, apontando: «Também queremos vencer o jogo, senão formos ambiciosos estamos ali como coitadinhos por defrontarmos um grande como o Benfica».

No banco dos avenses há um mês, Augusto Inácio lembra que já teve «jogos de grande dificuldade», dando como exemplo a deslocação a Setúbal, o primeiro jogo como treinador da equipa, a deslocação a casa do Marítimo e a receção ao Sp. Braga. «Com o Sp. Braga perdemos, mas deixámos a pele em campo», lembrou o treinador, dizendo que é essa a atitude que se espera dos profissionais. «Independentemente do adversário, nós temos que dar a pele por este emblema».

Questionado sobre o momento do Benfica, Inácio apontou: «Noto os jogadores alegres a jogar, uma ideia de jogo que já vinha do passado, mas os jogadores estão mais desenvoltos e mais ligados. Na dupla Seferovic-João Felix, o Seferovic até parece outro jogador, o João Felix está a revelar-se e depois o treinador tem tantas escolhas… é uma equipa que respira confiança e é uma equipa muito forte».

Mas o treinador deixou um aviso: «Nós também estamos fortes». «Nós estamos a comer petinga e carapau, mas não passamos fome, os outros podem estar a comer lagosta e lavagantes, também não passam fome, mas nós também não queremos passar fome», disse, utilizando depois outra metáfora: «Entre um Ferrari e um Fiat, o Ferrari chega primeiro à meta, a não ser que lhe falte a gasolina e aí podemos aproximar-nos mais, mas cada um tem os seus objetivos».