Nuno Manta garantiu que o tempo devolverá uma melhor classificação ao Desportivo das Aves, último da Liga. 

«Podíamos ter abandonado o último lugar há duas jornadas, mas os resultados não foram positivos. Pelo trabalho diário realizado, acreditamos plenamente que iremos deixar esse posto mais jornada, menos jornada. O foco principal é garantirmos em maio que o Aves permanece na Liga, sabendo que é uma caminhada árdua e temos de ganhar pontos», referiu o técnico na conferência de imprensa de antevisão à partida com o V. Guimarães.

O treinador sente um balneário com «energia positiva e vontade de jogar», já que os avenses conseguiram baixar de nove para três pontos a desvantagem para a zona de salvação, sem nunca abandonaram a cauda da tabela, como atestam uma goleada caseira com o Rio Ave (4-0) e o empate em Famalicão (1-1) nas últimas duas rondas.

«No final desse jogo todos sentimos uma grande revolta a e frustração por termos trabalhado tanto e deixado fugir dois pontos. Tivemos tudo na mão, mas faltou sermos mais competentes naquele lance final. Pegando nas coisas positivas que fizemos, como a atitude, organização e estratégia, procurámos retificar os momentos em que não estivemos tão bem. O nosso foco é garantir pontos amanhã [sexta-feira]», sustentou.

Nuno Manta deixou elogios ao conjunto de Ivo Vieira, embora lhe tenha apontado alguns pontos fracos.

«Procuram sempre a baliza adversária, ora numa situação de transição vertical, em que têm jogadores bastante rápidos na frente, assim como mostram paciência para trabalhar a bola perante equipas que fecham o bloco. Obviamente concedem alguns espaços e teremos de aproveitar aquilo que nos deixarem», disse.

Por último, o técnico do Desp. Aves fez um apelo à ação governamental depois do episódio racista em Guimarães.

«É um problema da sociedade que é visto e comentado há muito tempo, mas muitas vezes não se dá valor. Veremos aquilo que o Governo português vai fazer, porque penso que tem de intervir», afirmou antes de acrescentar que o que se passou no Vitória-FC Porto não foi um acto isolado.

«Na minha carreira já presenciei muitas vezes esse tipo de ocorrência. Principalmente na formação, onde trabalhei com os sub-15, sub-17 ou os sub-18, e aconteceram muitos incidentes do género com atletas meus e com jogadores adversários», acrescentou.

Simunec, Tshibola, Mohammadi, Beunardeau e Rúben Oliveira, impedido por estar cedido pelo V. Guimarães, estão fora do encontro agendado para esta sexta-feira, às 20h30.