Vítor Campelos, treinador do Desportivo de Chaves, em declarações após a derrota na receção ao Boavista (1-4), na 34.ª e última jornada da Liga:

«Acho que devo realçar aquilo de bom que fizemos. O [Desportivo de] Chaves fez uma época muito acima das expectativas que algumas pessoas pudessem ter no início. Creio que, durante a época, praticámos um futebol de qualidade [e] valorizámos jogadores.

Por aquilo que vimos, no final do jogo, os adeptos do [Desportivo de] Chaves estão verdadeiramente contentes com a equipa, a equipa técnica está orgulhosa daquilo que [os jogadores] fizeram, creio que a administração também está contente pela época que fizemos.

Sobre o jogo, o Boavista melhor na primeira parte. A par daquilo que aconteceu no [Estádio do] Bessa [na primeira volta], [em que] também não entrámos muito bem, mas na segunda parte estivemos sempre por cima e deu empate. Creio que [hoje], se não tivesse acontecido o terceiro golo, estávamos por cima do jogo e poderia ter tido outro desfecho.

Todos errámos e eu também erro, como é óbvio. Hoje gostava mais de fazer um balanço àquilo que foi a época, que foi fantástica para nós. Acabámos em sétimo lugar, com todo o mérito, e é isso que eu queria dizer.

[Estou] muito triste pelo resultado porque, como é óbvio, queria ganhar, queria bater o recorde de pontos que o [Desportivo de] Chaves tinha [na I Liga], que são 47 [alcançados em 2017/18] e nós acabámos com 46, mas muito contente pela época que fizemos, pela qualidade de jogo que demonstrámos.

Na palestra do início do jogo, disse aos jogadores que há coisas na nossa vida, os “timelines” e que cada um deles foi parte integrante da vida dos colegas do balneário. Daqui a muitos anos, vão-se recordar de quem estava no balneário, dos jogos que fizeram.

Eu acredito muito que Deus coloca as pessoas nos lugares certos, nos momentos certos para que todos possam evoluir enquanto pessoas [e] enquanto jogadores, como é óbvio. Posso escolher os jogadores que eu quiser, dentro das possibilidades, mas vai ser Deus que vai trazer os jogadores para nós que acha que são importantes para a nossa evolução e para o nosso crescimento interior.

Aquilo que eu faço é trabalhar os jogadores que tenho e potenciar, ao máximo, as suas capacidades e qualidades. Tenho a certeza absoluta que valorizámos e potenciámos muito os jogadores que temos aqui, não só como jogadores, mas também como homens.

[Possível renovação] Tudo está em aberto. Acho que [em breve] será tomada uma decisão final, mas tudo está em aberto neste momento. Eu gosto muito de estar aqui, já criei uma relação afetiva com as pessoas de Chaves e com o clube, que é muito grande. Sinto que sou acarinhado pelas pessoas aqui.

Toda a gente sabe e eu já falei disso publicamente: todos temos sonhos, temos de acreditar que os nossos sonhos podem acontecer e vamos ver o que é que vai acontecer.»