O FC Porto trocou o fato de gala da Champions pelo fato macaco. O campeão nacional não deslumbrou, mas fez o trabalho que lhe era exigido e derrotou o Desportivo de Chaves por 3-0. Foi, no fundo, um operário competente.

Mehdi Taremi, o vilão de Madrid, trouxe a capa de herói para o Dragão e descobriu a chave para abrir a porta que trouxe a equipa de volta aos triunfos. Por sua vez, o Desportivo de Chaves somou a segunda derrota na Liga, embora tenha feito uma valente exibição na casa do campeão até aos 60 minutos.

Com os jogos a sucederem-se, Sérgio Conceição fez quatro alterações na equipa titular: Fábio Cardoso, João Mário, Wendell e Toni Martínez começaram de início por troca com Pepe, Zaidu, Evanilson e Otávio.

 

O FC Porto não poderia ter imaginado melhor entrada. Logo aos três minutos, um ressalto sobrou para Taremi na área e o iraniano, mais lesto que Paulo Vítor, abriu o marcador. E o Dragão mostrou, de pronto, que estava do lado do avançado depois da expulsão contra o Atlético de Madrid.

 

Imaginava-se, a partir daí, que a equipa portista mantivessem o ritmo alto de forma a decidir o mais rápido possível o encontro. Houve oportunidades para isso, mas Paulo Vítor fez três defesas a remates de João Mário, Taremi e Galeno e impediu o 2-0.

 

Vítor Campelos, por seu turno, não abdicou dos princípios nem da forma de jogar dos flavienses. Morreu, no fundo, agarrado às suas ideias – e bem, visto que tinha sido assim que tinha triunfado na Madeira e em Alvalade.

 

Os transmontanos começaram a soltar-se com o decorrer dos minutos e assustaram o Dragão por duas vezes. Porém, em ambas as situações, Héctor Hernández falhou o cabeceamento entre os centrais azuis e brancos. Mais tarde, ao cair do pano da primeira parte, João Teixeira ficou pertíssimo do empate.

 

A segunda parte começou com o Desportivo de Chaves a conseguir ter bola e a jogar no meio-campo contrário. O FC Porto parecia, por seu turno, algo fatigado e agarrava-se à vantagem no marcador. Apesar de algum domínio territorial, os flavienses não foram capazes de criar situações de perigo – apenas um par de remates de fora da área.

 

A pouco e pouco, o FC Porto voltou a ter olhos e barriga para a baliza contrária. Ainda assim, a equipa apenas subiu de nível e de produção com as entradas de Evanilson e de André Franco para os lugares de Martínez e João Mário (60m)

 

Volvidos seis minutos da dupla-alteração, Nélson Monte evitou um golo quase certo de Taremi. Não marcou o iraniano, deu a marcar pouco depois. Erro incrível de Steven Vitória que se antecipar pelo avançado persa que correu até à baliza, espertou a saída de Paulo Vítor e ofereceu o 2-0 a Evanilson.

 

O jogo estava, por fim, resolvido. O Desportivo de Chaves sentiu o resultado e como que se esfumou ofensivamente, o que é natural. 

 

Quem aproveitou foi o FC Porto para mostrar sua melhor versão e ampliar o marcador. André Franco estreou-se a marcar depois de uma oferta incrível de Paulo Vítor. Com a vitória no bolso, Sérgio Conceição ainda estreou o filho Rodrigo.

 

Foi, enfim, uma noite de trabalho ganha honestamente.