A Direção da Académica disse esta quarta-feira que continua a tentar chegar a acordo com os oito jogadores alvo de despedimento coletivo e que apresentou propostas concretas para todos os atletas.

«Nós tentaremos individualmente, com cada um dos jogadores, arranjar uma solução que permita o sacrifício de ambas as partes e não se conclua pelo despedimento», referiu o presidente Paulo Almeida.

O dirigente acrescentou que o clube, que este ano desceu à II Liga, vai continuar «seriamente a tentar negociar e a chegar a acordo com todos os envolvidos». «Existe vontade de continuar o esforço negocial», sublinhou.

Paulo Almeida considera que o seu compromisso é garantir a «sustentabilidade do clube», justificando a necessidade de «profunda reestruturação interna» com o facto de os direitos televisivos irem diminuir de dois milhões de euros para os 500 mil, na II Liga.

Segundo Paulo Almeida, a Académica tem «cumprido todos os trâmites legais» e não pode ser acusada de nenhuma ilegalidade.

O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) e os atletas da Académica renovaram, entretanto, a «disponibilidade para alcançar uma solução extrajudicial» com a Académica, mas pedem transparência no procedimento que visa o despedimento coletivo.

«Apesar da disponibilidade manifestada pelos trabalhadores visados para encontrar uma solução negociada, solicitando-se para o efeito diversa informação relevante, continuam a ser negadas informações que o SJPF considera relevantes e indispensáveis para uma verdadeira negociação», diz o organismo, em comunicado.

O clube pretende diminuir a massa salarial do plantel profissional e recorreu ao despedimento coletivo para extinguir alguns «postos de trabalho».