Um golo em onze jogos, nos quais somou um total de 426 minutos, é o registo de Arango neste arranque de temporada no Desportivo das Aves. O colombiano viu a mudança para a vila nortenha como positiva e destaca a aprendizagem que está a ter a cada dia com Lito Vidigal.

A partir daí o avançado espera que as coisas surjam naturalmente, como está a acontecer com a equipa, que tem evoluído nos últimos jogos, e promete continuar a trabalhar para ajudar a equipa avense.

Na Colômbia possuiu um estabelecimento próprio, uma barbearia, como conta nesta entrevista ao Maisfutebol. Um espaço com sucesso, decorado com camisolas, como a de Negredo, colega no Valência, que atrai curiosos por pertencer a um jogador e também pelo lado do futebol que deixa visível pela decoração. Ainda não tem uma camisola do Desp. Aves, mas está a caminho.

Leia também:

Arango: nove golos na estreia com direito a botas e equipamento de borla

Arango e o «prazer» de dividir o balneário com Júlio César

Encarou a ida para o Desp. Aves como um passo positivo na carreira?
Claro que sim, encarei como muito positivo. Como jogador e como pessoa sei que o melhor para mim e o que eu quero é jogar mais minutos, marcar golos. Por isso penso que foi uma boa decisão vir para o Desportivo das Aves, que me abriu as portas à minha chegada e acolheu-me com um carinho muito grande. Estou muito agradecido a este clube que me abriu as portas. Estamos a melhorar, a crescer, espero que façamos uma grande época a nível coletivo para poder crescer enquanto jogador.

Tem um golo em dez jogos com a camisola do Desp. Aves. Esperava mais?
Há todo um período de adaptação. Se é certo que passamos por um período menos bom, em que já tivemos dois treinadores, o primeiro treinador já nos tinha imposto o ritmo que gostava, eu estava um pouco mais na equipa titular. Com a troca de treinador há novamente todo um processo que estamos, eu estou, a fazer com calma. Tenho muitas coisas para aprender e graças ao novo treinador estou a aprender, está a ensinar-me muitas coisas positivas para crescer como jogador. É uma coisa que estou a fazer mais por mim, que é aprender cada dia mais do que ele me ensina para crescer e chegar ao meu objetivo, que é voltar ao Benfica e jogar num grande clube. É muito positivo para mim aprender com a ajuda do Lito Vidigal. Depois o trabalho faz o resto, estou tranquilo. Em Valência fiz nove golos, porque é que aqui não posso fazer?

Foi utilizado nas últimas quatro jornadas, diante do FC Porto jogou os noventa minutos e atirou uma bola à trave Está a crescer?
Tudo isto é um processo, como já referi. Todo o pormenor do dia-a-dia conta, na minha opinião. Esses jogos já passaram, já penso no próximo, depois pensarei em quem vier a seguir. No meio disto tudo penso que o mais importante é o trabalho para desenvolver o meu futebol e para ajudar a cumprir os objetivos, muito claros, a que nos propomos.

A tragédia com o avião da Chapecoense deu-se na sua cidade, em Medellín. Como foi vivido esse momento?
Sim, foi na minha cidade. Nós na Colômbia somos muito carinhosos com os visitantes. Se vais jogar uma final com um clube grande de Colômbia, como era o caso, os adeptos do Atlético Nacional iam receber muito bem a Chapecoense, porque é essa a forma de estar, de bem receber. Foi por isso que se tornou mais difícil ainda. As pessoas têm carinho pelos outros, porque recebem muito bem as pessoas.



Na Colômbia há uma barbearia com o seu nome. É de algum familiar?
É uma barbearia minha (risos). Sou empreendedor e aprendi com várias pessoas que sabem de negócios que o corte de cabelo é algo que todas as pessoas precisam, não é? É algo que precisamos de duas em duas semanas, por isso é um negócio que sempre vai produzir alguma coisa e, por isso, apostei nisso.

Até aí o futebol está presente, com muitas camisolas espalhadas pela barbearia…
Em Medellín vive-se muito o futebol, com muita intensidade, e então tenho camisolas de grandes jogadores que são admirados na Colômbia. Tenho também camisolas como a do Negredo, jogadores que construíram uma carreira bonita no futebol europeu. É algo que chama a intenção dos clientes.

Tem exposta uma camisola do Deps. Aves?
Vou mandar agora em dezembro as que tenho daqui de Portugal para as poder por lá no negócio. Ainda não está, mas vou mandar (risos)…

artigo atualizado: hora original 23h52, 7-12-2017