FIGURA: Pizzi
Um, dois e três! Três golos do Benfica na Vila das Aves, três golos com o carimbo de Pizzi na génese da jogada. Não deslumbrou, mas exponenciou a competência da sua prestação ao indicar o caminho do triunfo.  Trabalhou numa primeira instância no golo inaugural antes de Samaris descobrir Seferovic, foi junto da bandeirola de canto ganhar espaço para a triangulação do segundo golo e, por fim, bate o canto que dá origem ao golo de Ferro. Preponderância no triunfo encarnado, num aproveitamento quase total dos seus movimentos. Afinal, tudo começa em Pizzi.

MOMENTO: Seferovic a abrir (3m)
O jogo ainda mal tinha começado e já o suíço abanava com as redes, assinando a entrada triunfal do Benfica nas Aves. Trabalho pelo corredor direito, excelente visão de jogo de Samaris a levantar para as costas da defesa avense; ficaram adormecidos os defensores da equipa de Augusto Inácio, aproveitou Seferovic para somar mais um para a sua conta pessoal. Matou no peito e picou por cima de Beunardeau perante a saída do guarda-redes. Entrada a vencer dos encarnados, a lançar a perseguição do Benfica ao primeiro posto da classificação.

MENÇÃO HONROSA: Ferro
Terceiro jogo a titular depois de ter sido chamado no decorrer do dérbi com o Sporting e o que é certo é que o jovem jogador tem estado que nem aço no último reduto encarnado. Sereno, parece até que tem anos disto nas pernas, o jogador de apenas 21 anos respira tranquilidade e, dessa forma, deixa sair a sua qualidade. Fez vários desarmes de enorme classe. Entre a prestação de classe foi ao céu com o segundo golo na equipa principal, caindo depois no inferno com a expulsão. Enquanto esteve em campo destacou-se pela personalidade.

OUTROS DESTAQUES

Rafa
Extremamente comprometido, destacando-se pelo equilíbrio que tentou dar à equipa na recuperação de bola. Foi um elemento importante no ataque e completo depois a limitar os espaços ao adversário. Movimento sublime do extremo naquele que foi o segundo golo do Benfica. Remate pleno de intenção.

Luquinhas
Se algo poderia acontecer no processo ofensivo do Aves teria de ser por Luquinhas, o elemento mais esclarecido do ataque da equipa montada por Augusto Inácio. O jovem jogador que se passeou pela equipa sub-23 na primeira metade da época tentou ser incisivo a progredir com esférico, quase sempre sozinho contra o mundo.

Seferovic
Chegou ao 18.º golo esta época com a camisola do Benfica com um gesto técnico de fino recorte logo aos três minutos. Lutou muito entre os centrais avenses e quando a oportunidade surgiu deixou o fato de macaco de lado, vestiu o fato de gala e marcou com classe. Músculo conjugado com técnica.

Rodrigo
Entrou mal no jogo, esqueceu-se de Seferovic nas suas costas no golo logo aos três minutos mas recompôs-se e cresceu. Forte fisicamente, esteve bem defensivamente e foi acutilante a atacar. Obrigou Vlachodimos a fazer uma intervenção de recurso ao disparar uma autêntica bomba antes do intervalo e assustou também de livre na segunda metade.

Samaris
Visão periférica a construir o jogo do Benfica a partir de trás, tendo como exemplo a forma como lança Seferovic para o golo logo nos instantes iniciais. Uma unidade em crescendo, acabou o jogo a defesa central ao lado de Rúben Dias.