(…) Quinze, dezasseis, dezassete…

Não para de aumentar a contagem, vira o ano continua a série triunfal do dragão. Segue imparável o conjunto de Sérgio Conceição, ampliando na Vila das Aves a margem para o segundo classificado com o 17.º triunfo consecutivo em todas as competições. Valeu um golo de Éder Militão a garantir o triunfo (0-1) pela margem mínima.

Num terreno onde na época passada deixaram uma imagem pálida, os dragões evitaram sobressaltos e esboçaram uma espécie de massacre controlado na primeira metade, saindo para o intervalo em vantagem, tendo depois personalidade para controlar as incidências do jogo na segunda metade, mesmo vendo a barra amortecer com estrondo o último remate do encontro.

Voltando à fórmula do campeonato, apresentando exatamente o mesmo onze que na última jornada derrotou o Rio Ave, o FC Porto impôs a sua lei nas Aves, um palco onde há menos de uma semana o Benfica sofreu a bem sofrer para garantir um empate tímido.

Água mole em pedra dura até Militão furar

Teve de ser paciente o conjunto azul e branco, batendo-se com a falta de espaço perante um Desp. Aves bem agrupado defensivamente. Forçou o FC Porto, é certo, teve de baixar linhas o conjunto de José Mota e foi nesta toada que o jogo se iniciou.

Beunardeau deu sotaque francês à equipa avense e tardou o golo dos dragões com um punhado de defesas determinantes a começar a espicaçar o dragão. Quando não foi o guarda-redes estava na linha de golo Jorge Fellipe para impedir a meias com o poste que Marega abrisse o ativo.

Como diz o ditado, água mole em pedra dura tanto bateu até que apareceu Militão a furar. Apareceu bem o central na área contrária para aproveitar da melhor forma uma bola nas costas da defesa da casa para bater o guarda-redes francês do Aves.

Gestão com tudo

Foi diferente a segunda parte. A correr atrás do prejuízo, o Aves foi mais acutilante, soltou-se das amarras e fez por esticar o seu jogo até à área de Casillas, o senhor que atingiu na noite desta quinta-feira o jogo cem em jogos do campeonato português.

A bola rondou mais vezes a baliza do espanhol, com alguns momentos de calafrios, mas sem verdadeiras ocasiões de perigo. Bolas despejadas na área, bolas paradas e tentativas de cruzamento quase sempre por Baldé iam sendo as armas avenses. Sem ocasiões de verdadeiro perigo até Nildo atirar com estrondo à trave da baliza azul e branca no derradeiro lance do encontro.

Teve de arregaçar as mangas o FC Porto, defendeu com todos nos instantes finais e deu continuidade à contagem ao segurar o triunfo. Mantém a invencibilidade perante o Aves o FC Porto, soma e segue na contagem de vitórias. Já lá vão dezassete. O Aves está há sensivelmente dois meses sem vencer na Liga, somou apenas um ponto nas últimas cinco jornadas e está no grupo dos penúltimos classificados.