Declarações do treinador do Desportivo das Aves, Nuno Manta, na sala de imprensa do Estádio do CD Aves, na Vila das Aves, após a derrota por 4-0 ante o Rio Ave, em jogo da 20.ª jornada da Liga:

«Olhei para o que temos vindo a trabalhar e ao colocar a equipa inicialmente em 4x3x3 com o Falcão como seis, havia possibilidade de baixar para uma linha de cinco. Perante o início de jogo, senti necessidade de retificar o 4x3x3 e dizer ao Falcão para baixar. Senti que não estávamos a conseguir uma boa zona de pressão como tínhamos definido numa primeira fase. Decidi então trocar em 5x3x2 para ver se conseguia bloquear os centrais do Rio Ave.»

«A ideia é boa e foi o que disse ao intervalo aos jogadores. Podia meter 4x3x3, 3x4x4, 5x4x1, 5x3x2, 6x3x1, o sistema tático que quisesse, mas se o bloco ou a equipa não funcionar em conjunto, se não tivermos sincronizados e se não tivermos todos a mesma ideia, se um corre a oitenta e outro a 60, a equipa fica partida. E o adversário, com a qualidade e confiança que tem, tornou difícil para nós a primeira parte.»

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«Há um momento em que conseguimos equilibrar e é quando sofremos o penálti. Aí a outra equipa fica confiante, tem controlo, bola, domínio e por mais que tentes incentivar a pressão, trabalhar a bola, neste momento a nossa necessidade de conquistar pontos tirou capacidade de pensar o jogo.»

«Ao intervalo, retifiquei essencialmente a postura. Entrámos fortes na segunda parte, temos duas situações boas de finalização e a seguir acabamos por fazer um autogolo e isso foi um grande murro no estômago. Abalou, 2-0, mais estável para o Rio Ave, a gerir o tempo, ritmo. Tentámos introduzir jogadores que dessem mais largura, cruzamentos e o Rio Ave foi ajustando, tendo bola, saindo em transições. Acabámos por sofrer um golo de bola parada e outro de penálti. Não estou a dizer que a vitória do Rio Ave não é justa. Errámos, errei, sou o primeiro a dizer que errei. Tenho de refletir muito e ver este jogo, o que correu menos bem para transmitir à equipa. Já faz parte da história, mas temos de ver onde errámos, para corrigir isto, porque precisamos de pontos. Só juntos, internamente, é que conseguimos dar a volta a isto.»